Exclusão e miséria


A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe fica evidenciada nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África (Magreb) e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.
[Caroline Santos, Sintese.org.br, 17-02-2011]
Memórias de uma época - I

20100118

Haiti devastado


Hoje faz seis dias que um forte terremoto de 7,0 graus na escala Richter jogou p’ra cima um dos países mais empobrecidos do mundo (o mais das Américas), resultando em dados e números assustadores. Agências de notícias opinam que a destruição de Porto Príncipe (capital) foi maior que Hiroshima (destruída pela bomba atômica), inclusive em número de mortos, estimados em mais de 100 mil pessoas. Segundo a agência européia EFE, o governo local confirmou que, pelo menos 72 mil corpos já foram enterrados.


São tantas imagens chocantes e tristes, desesperadoras, que levam os mais céticos a ensaiar uma prece ao Céu. A miséria já corrói o Haiti, espoliado por tudo quanto é tipo de exploração e desrespeito aos direitos humanos, e pelas forças da natureza, que vira-e-mexe atacam naquela região caribenha.

Analisando as imagens diárias de Porto Príncipe, enviadas por amigos, a gente percebe que a destruição foi de ponta a ponta, apesar dos noticiários focalizarem mais Porto Príncipe, com seus mais de dois milhões de habitantes cercados de escombros e lixo por todo lado.


Essas imagens são muito fortes e sensibilizam o mundo: pessoas famintas, sedentas, doentes, feridas, sangrando, inválidas, alucinadas, o caos - se alguém quer saber o que é caos. Água potável, muito cara, é só para poucos que ainda têm alguma coisa para trocar (porque dinheiro quase não há). “Quem não pode pagar para tê-la, lava alimentos, o corpo, a roupa... no esgoto mesmo, que corre a céu aberto”, contava triste a Bruninha, quatro meses atrás, dizendo que a capital do Haiti era uma grande favela pobre. Imagine hoje então...

Distribuição de alimento - crianças não tem vez

O desespero e a violência aumentam nas ruas. Em Peguyville (bairro central da capital), milhares de refugiados só dispõem da água de um caminhão pipa. Em outras partes da cidade devastada, cenas comuns de grupos que roubam todo tipo de mercadorias em comércios fechados ou armazéns.

Centenas de jovens, muitos armados com barras de ferro ou madeira e alguns com facas, ocuparam hoje uma importante avenida e forçaram a entrada de vários armazéns, nenhum deles de produtos comestíveis, em uma das principais vias do centro. Muitos deles protagonizaram confrontos aos socos e empurrões em plena rua pela repartição do material, sob o olhar de vários fotógrafos da imprensa internacional. Saques que ficam totalmente impunes, pois os militares da ONU, que percorrem as ruas da capital, passam por essa gente sem intervir, enquanto a Polícia haitiana dispara para o alto, sem poder contê-los.

Muita ajuda internacional em dinheiro, alimentos, remédios, roupas e água chegam a toda hora, no aeroporto, mas esses recursos quase nunca alcançam destino certo, devido a ação de grupos políticos corruptos, que desviam os produtos.

Os Estados Unidos  (sábado último 16) desembarcaram 130 mil porções de comida e 70 mil garrafas de água potável destinadas aos desabrigados e “milhares de soldados armados como para uma guerra”, segundo critica do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Observadores internacionais acreditam que uma campanha silenciosa foi posta em marcha para anexar a região ao território norte americano, plano que une os ex-presidentes Bill Clinton (democrata) e George W. Bush (republicano), que transformaram Porto Príncipe num grande palanque. A história deveria ter outro desfecho, mas ainda não se vislumbra o futuro próximo.


Barraco de favela haitiana, antes do terremoto

Leia mais sobre o terremoto no Caribe, em matérias d’A Página Com a força de um coração cósmico e em É possível prever terremotos

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20100104

A torre mais alta do mundo

Inaugurado o mais alto edifício do mundo, o Burj Khalif (Dubai, Emirados Árabes), com mais de 820 m de altura

Tem algumas construções que engrandecem o espírito humano pois são construídas com coragem, ousadia e muita organização. A engenhosidade humana não tem limites. Foi inaugurado hoje pela Emaar Properties, em Dubai, o edifício mais alto do mundo: a Torre Burj Khalif (ex-Burj Dubai), com mais de 828 m de altura ((2.716 pés) e 162 andares, superando a Taipé 101 (Taipé, Taiwan), campeã desde 2004, com 508 m (ao lado).


A nova Torre, desenhada pelo arquiteto Adrian Smith (EUA), custou 4,1 bilhões de dólares e não será superada tão cedo, pois os arranha-céus, atualmente em construção (e com data marcada para inauguração), não passam de 610 m (Tokyo Sky Tree, Japão, 2012). Este ano serão inauguradas mais três torres: Chicago Spire (Chicago, EUA, 609 m), Abraj Al Bait (Meca, Arábia Saudita, 600 m) e International Commerce Center Hong Kong (484 m).

A Torre Burj Khalif possui alguns itens curiosos como o posto de observação a 442 m de altura (o mais alto do mundo, andar 124); a maior mesquita do mundo (no andar 158 ); 57 elevadores; número de janelas suficientes para envidraçar 20 estádios de futebol; gasto de energia elétrica equivalente a 500 mil lâmpadas de 100 watts ao mesmo tempo; peso equivalente a 100 mil elefantes; e consumo diário de um milhão de litros de água. A antena da Torre pode ser vista a 100 km de distância e sua fundação foi a 50 metros de profundidade. Visto de cima o Burj Khalif forma uma rosa.

Eis a lista dos 10 edifícios mais altos do mundo (com localização e ano de inauguração):
■ 818 m - Torre Burj Dubai (Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2010)
■ 508 m - Taipei 101 - Taipé - (Taiwan, 2004)
■ 492 m - Shangai World Financial Center - Xangai (China, 2008)
■ 442 m - Willis (Sears) Tower - Chicago (Estados Unidos, 1974)
■ 410 m - Petronas Twin Towers - Kuala Lumpur (Malásia, 1998)
■ 407 m - Two International Finance Center en Hong Kong (2003)
■ 381 m - Empire State Building - Nova York (Estados Unidos, 1931)
■ 374 m - Central Plaza - Hong Kong (1992)
■ 369 m - Bank of China - Hong Kong (1989)
■ 366 m - Torre Jan Mao - Xangai (China, 1998)
Estas são as cinco maiores torres em construção (com localização e data provavel de inauguração)
■ 610 m - Tokyo Sky Tree (Nova Torre de Tóquio) - Tóquio (Japão 2012)
■ 609 m - Chicago Spire - Chicago (Estados Unidos, 2010)
■ 600 m - Abraj Al Bait - Meca (Arábia Saudita, 2010)
■ 541 m - One World Trade Center (Freedom Tower New York) (Estados Unidos, 2014)
■ 484 m - International Commerce Center Hong Kong (2010).

Um pouco de história (e lendas)

Existem muitas lendas e tradições sobre altas torres entre diferentes povos. A torre que mais se aproxima (em altura) da Burj Khalif é a lendária Torre de Babel, que pode ser simbolicamente considerada uma precursora do histórico desejo do homem de construir arranha-ceus.

A torre histórica encomendada por Nabucodonosor (Babilônia), em 560 a.C., teria a forma de um zigurate de oito níveis, e deveria alcançar cerca de 2.089 metros de altura e 100 de largura, mas esse feito não se concretizou.

A Torre de Babel Bíblica, por seu turno, que teria sido construída cerca 2.000 anos antes, teria 5.433 cúbitos e 2 palmos (2.484 m de altura) – segundo o Livro dos Jubileus – ou 463 cúbitos (212 metros de altura) – segundo o Terceiro Apocalipse de Baruch, este mais plausível, considerando-se as capacidades técnicas dos construtores primevos, que erigiram a Grande Pírâmide de Khufu (Gizé, Egito) com 146 m, altura esta só superada pela torre de Catedral de Lincoln (Inglaterra) com 159,7 m – que existiu entre 1311 e 1549 (quando foi reduzida para 83 m) - e pela Torre Eiffel (Paris, França), em 1889, com 324 metros, no Centenário da Revolução Francesa.

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