Exclusão e miséria


A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe fica evidenciada nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África (Magreb) e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.
[Caroline Santos, Sintese.org.br, 17-02-2011]
Memórias de uma época - I

20110930

A crise econômica mundial

Lula não saiu da elite tradicional do Brasil, mas chegou ao nível máximo de responsabilidade e aplicou planos de alta eficiência social

Em seu último compromisso em Londres, esta semana (terça 27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pelo Instituto de Ciências Políticas de Paris (Sciences-Po), continuou expondo seu entendimento sobre a crise econômica mundial. Fez defesa de uma "nova governança global", reafirmando que a solução para a crise econômica seria "política" e que os países ricos "já não têm a mesma influência" no mundo. Ao analisar a suposta inércia dos governantes dos países em crise, afirmou que este é o momento de tomar decisões políticas, não apenas econômicas.
Nós não podemos estar com o mundo globalizado do jeito que está, e cada país tomando as suas decisões de forma unilateral, sem medir as conseqüências que isso trará para outros países. É preciso que haja mecanismos multilaterais (onde os líderes) possam se reunir e tentar harmonizar (as soluções) (...) A hora é a hora da política. Os dirigentes que foram eleitos, que sentem em torno de uma mesa e comecem a pensar (...) Tem muitos dirigentes que não estão acostumados a viver com crise. Quando você tem crise, não resolve com decisões econômicas, e sim com decisões políticas. O que está faltando são decisões políticas do que fazer com a crise (...) eu acho que se a gente não tiver um novo entendimento sobre uma nova governança global, que reúna os países mais importantes do mundo, a gente não vai encontrar soluções fáceis para s problemas difíceis" (Lula da Silva, The Economist, Londres, 30-09-2011 )
Lula disse também que a atual geração aprendeu que no mercado estaria a solução de tudo e agora vê que ele não resolveu, e que por isso sustentava que “está na hora da política (...) das pessoas eleitas dizerem como é que vão cuidar do mundo".
"O problema que está acontecendo na Europa é que ela está precisando de decisões políticas, e não econômicas (...) A hora não é de negar a política, e sim fortalecê-la. A hora é de exigir que os dirigentes eleitos democraticamente digam qual é sua decisão política” (Lula da Silva, Sciences-Po, Paris, 27-09-2011). 
Lula está na Europa desde o início da semana. Na quinta-feira, o ex-presidente recebeu o prêmio Lech Walesa, na Polônia, e mais US$ 100 mil, que serão doados a certo país africano.

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20110311

Esperar o inesperado ~!

O terremoto de 8,9 (no Japão) ilustra bem as transformações por que passa o planeta Terra e revela despreparo com tsunamis

Para os japoneses, já acostumados a sismos de altas magnitudes na região, o mais supreendente no terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão hoje foi a surpresa. Segundo o geofísico Robert Geller, da Universidade de Tóquio, todo o intenso esforço de uma nação, notoriamente consciente das condições da ilha, em mapear as falhas geológicas e avaliar os riscos de terremotos e sismos, não havia previsto o forte abalo de 8,9o naquela área e muito menos as ocorrências de tsunamis.


O epicentro ocorreu a 130 quilômetros a leste de Sendai e a 373 quilômetros a nordeste de Tóquio, junto da fronteira entre duas placas tectônicas, onde a placa do Pacífico está entrando sob o arquipélago japonês.

Parece que esse terremoto foi o mais forte a atingir o Japão desde o início das observações confiáveis, há 140 anos atrás. A força do tremor equivaleu a mil vezes à registrada em Christchurch, Nova Zelândia, em 22 de fevereiro (que foi de 6,3 graus), e a cem vezes à ocorrida na China, em abril de 2010 (7,1 graus).

Poucas mortes e muitos danos materiais

As autoridades já começaram a contagem dos mortos, feridos e desaparecidos, mas vai demorar muito para concluir os registros de danos em edifícios, infra-estruturas e plantações pois os japoneses não estavam preparados para a ocorrência de grandes tsunamis. O Código de Construção japonês está entre os mais rigorosos do mundo, mas suas disposições não tratam de (ou antecipam) efeitos de tsunamis

"Há muito que não sabemos sobre a Terra e muito provavelmente não voltaremos a saber no futuro", afirma Geller. Ele diz que a única maneira de se preparar para terremotos é "esperar o inesperado".


Navios emborcados, carros e destroços foram varridos como brinquedos pela onda gigante provocada pelo terremoto de magnitude 8,9, que atingiu a costa nordeste do Japão nesta sexta-feira. Ruas e áreas agrícolas das cidades costeiras foram inundadas por rios negros de destroços e lixo, às vezes em chamas, que levavam tudo o que encontravam pelo caminho, enquanto os habitantes tentavam se esquivar das águas em cima de prédios e viadutos (AFP Paris, 11/03/2011).

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20110111

Internet, a fonte de informação

Entre jovens adultos, a Internet é a principal fonte de informação, deixando para trás a TV, os jornais e revistas e o rádio

Não é novidade para os observadores que, cada dia que passa, jovens adultos, na faixa dos 18 aos 29 anos, têm a Internet como principal fonte de informação. De fato, esse interesse ficou demonstrado em pesquisa da Pew Internet Research. O estudo revelou que 65% destes entrevistados declararam que se informam através da internet (índice que subiu de 34% , em 2007) e que houve queda na preferência pelos noticiários televisivos: de 68%, em 2007, para 52%, em 2010.

Entre os adultos, na faixa etária entre 30 e 59 anos, 41% já preferiam a internet para se informar, índice que cresceu de 17% , em 2007. Os jornais e revistas (em meio físico) têm a preferências de 38%. Entre estes adultos, 66% ainda contam com a televisão para se informar, índice abaixo dos 74% de 2007, o que indica uma tendência de que a Internet também ocupe lugar de destaque como fonte de notícias, entre outros grupos etários.

A quantidade de pessoas com 60 anos ou mais que recebem as notícias pela Internet aumentou de 5% (em 2007) para 14%, apesar da televisão continuar sendo a principal fonte de informação para 79% dos entrevistados.

Resultados gerais dos 1.500 entrevistados da Pew Internet Research. Gráfico comparativo das preferências médias (2001 a 2010) para televisão, jornais, internet e rádio como fontes de informação, em todas as faixas etárias

Estes números refletem o aumento do fluxo de notícias personalizadas online. Para se ter uma idéia, bastam os exemplos do Facebook e do Twitter, lançados em 2006, que só alcançaram sucesso estrondoso depois de 2008. Os dois serviços registraram crescimentos de 5 mil tweets/dia, em 2007, para 90 milhões de tweets/dia, em 2010, enquanto o número de usuários do Facebook, em torno de 30 milhões, em 2007, hoje tem mais de 500 milhões.

Além disso, observa-se também que o costume de assistir televisão está sendo alterado, desde há alguns anos. Serviços de mídia (streaming), sistema de de tv por Internet, conexões com sites de vídeos, entre outros, ampliaram as opções e os horizontes da visualização. Apenas o rádio mantém-se estável neste mundo internetizado, ficando sua audiência entre 21% (em 2004) e 16%, em 2010 (ligeito declínio), à medias que avançam a telefonia móvel e os gadgets de cone3xão e comunicação.

20 anos de WWW

No último Natal, comemorou-se o vigésimo aniversário de nascimento do primeiro navegador da Internet, que começou a ser gestado em 1989, por Tim Bernes-Lee, e foi apresentado ao mundo em 25/12/1990. O aplicativo, chamado de WorldWideWeb (tudo junto), foi renomeado para Nexus, para evitar confusão entre a rede de servidores, as páginas e o software usado para navegar.

O primeiro navegador funcionava em mão dupla, permitindo aos usuários ler e editar as páginas pelo sistema WYSIWYG (o-que-você-vê-é-o-que-você-obtém), sem precisar de mexer no código HTML – um recurso avançado só liberado recentemente com a Web 2.0.

Segundo conta Ayons Hazzud,
[...] esta interatividade toda não durou muito, pois ao ser levado do NeXTStep para sistemas operacionais mais populares, como Windows e Mac, os navegadores web perderam a capacidade de edição das páginas e se tornaram ferramentas mais passivas. Isto se deve, segundo o próprio Bernes-Lee, à facilidades presentes na programação do NeXTStep (e do Unix, família da qual o NeXTStep faz parte) mas não em outros sistemas. Uma outra consequência desta disparidade foi o tempo de 2 meses para o desenvolvimento do WorldWideWeb, enquanto navegadores similares demoraram um ano para serem programados em outras plataformas (Ayons Hazzud, em 26/12/2010).
Para conhecer mais a história do navegador WWW, é só ler relatos do próprio inventor, Tim BL, em A Brief History of the Web e em The WorldWideWeb browser

A propósito, WWW não é o mesmo que Internet
A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações da World Wide Web (WWW), e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos (Wikipedia,s/d)
A primeira rede de grande extensão baseada em TCP/IP entrou em operação em 1 de janeiro de 1983, abrindo-se para interesses comerciais, em 1988, e para o mundo em 1990. Os meios de acesso direto à Internet são a conexão dial-up, a banda larga (em cabos coaxiais, fibras ópticas ou cabos metálicos), Wi-Fi, satélites e telefones celulares com tecnologia 3G. As línguas mais usadas na World Wide Web são o inglês (28,6%), o chinês (20,3%), espanhol (8,2%), japonês (5,9%), francês (4,6%), português (4,6%), alemão (4,1%), árabe (2,6%), russo (2,4%) e coreano (2,3%) (dados de 2008). Saiba mais sobre a história da Internet.

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