Exclusão e miséria


A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe fica evidenciada nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África (Magreb) e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.
[Caroline Santos, Sintese.org.br, 17-02-2011]
Memórias de uma época - I

20110311

Esperar o inesperado ~!

O terremoto de 8,9 (no Japão) ilustra bem as transformações por que passa o planeta Terra e revela despreparo com tsunamis

Para os japoneses, já acostumados a sismos de altas magnitudes na região, o mais supreendente no terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão hoje foi a surpresa. Segundo o geofísico Robert Geller, da Universidade de Tóquio, todo o intenso esforço de uma nação, notoriamente consciente das condições da ilha, em mapear as falhas geológicas e avaliar os riscos de terremotos e sismos, não havia previsto o forte abalo de 8,9o naquela área e muito menos as ocorrências de tsunamis.


O epicentro ocorreu a 130 quilômetros a leste de Sendai e a 373 quilômetros a nordeste de Tóquio, junto da fronteira entre duas placas tectônicas, onde a placa do Pacífico está entrando sob o arquipélago japonês.

Parece que esse terremoto foi o mais forte a atingir o Japão desde o início das observações confiáveis, há 140 anos atrás. A força do tremor equivaleu a mil vezes à registrada em Christchurch, Nova Zelândia, em 22 de fevereiro (que foi de 6,3 graus), e a cem vezes à ocorrida na China, em abril de 2010 (7,1 graus).

Poucas mortes e muitos danos materiais

As autoridades já começaram a contagem dos mortos, feridos e desaparecidos, mas vai demorar muito para concluir os registros de danos em edifícios, infra-estruturas e plantações pois os japoneses não estavam preparados para a ocorrência de grandes tsunamis. O Código de Construção japonês está entre os mais rigorosos do mundo, mas suas disposições não tratam de (ou antecipam) efeitos de tsunamis

"Há muito que não sabemos sobre a Terra e muito provavelmente não voltaremos a saber no futuro", afirma Geller. Ele diz que a única maneira de se preparar para terremotos é "esperar o inesperado".


Navios emborcados, carros e destroços foram varridos como brinquedos pela onda gigante provocada pelo terremoto de magnitude 8,9, que atingiu a costa nordeste do Japão nesta sexta-feira. Ruas e áreas agrícolas das cidades costeiras foram inundadas por rios negros de destroços e lixo, às vezes em chamas, que levavam tudo o que encontravam pelo caminho, enquanto os habitantes tentavam se esquivar das águas em cima de prédios e viadutos (AFP Paris, 11/03/2011).

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