Exclusão e miséria


A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe fica evidenciada nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África (Magreb) e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.
[Caroline Santos, Sintese.org.br, 17-02-2011]
Memórias de uma época - I

20100816

Desertificação afeta dois bilhões de pessoas

Mudanças climáticas, exploração agrícola desenfreada e má gestão dos recursos hídricos são as principais causas


Lançada hoje em Fortaleza a a Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta Contra a Desertificação, da Organização das Nações Unidas (ONU). Tem por objetivo atrair a atenção e a sensibilidade das autoridades e da população em defesa de medidas de proteção e gestão adequada das regiões atingidas pela seca. A degradação da terra ameaça a subsistência de mais de 2 bilhões de pessoas em cerca de 100 países, segundo o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon
Prestando uma assistência sistemática às comunidades locais, podemos preservar ou recuperar milhões de hectares de terras, reduzir a vulnerabilidade às alterações climáticas e atenuar a fome e a pobreza de um terço da humanidade (Ban Ki-moon, 2010)
Deserto e oasis, na Libia.

Os principais problemas são causados pela degradação contínua do solo devido às mudanças climáticas, à exploração agrícola desenfreada e à má gestão dos recursos hídricos. De acordo com especialistas, este conjunto de dificuldades ameaça a segurança alimentar das comunidades afetadas e pode levar à fome e à miséria, além de gerar a degradação de solo produtivo.

Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sugerem que um terço da população mundial vive em regiões atingidas pelos desertos, o que na prática provoca ameaças econômicas e ambientais. A desertificação abrange mais de 3,5 milhões de hectares, que representam 25% do mundo.

O especialista para América Latina e Caribe na convenção da ONU, Helio Matallo, afirmou que quase todos os países da região sofrem em decorrência da desertificação.
Na América Latina, 80 milhões de pessoas vivem em regiões áridas e semi-áridas. Esta população sofre com os problemas da degradação dos recursos naturais nestas áreas (Matallo, 2010)
No Brasil, desde agosto do ano passado, já existe o Plano Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (Pan-Brasil) nos termos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Agenda 21). Foi elaborado conjuntamente com os nove Estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. Mas faltou o Rio Grande do Sul.


No Estado de Alagoas, as áreas susceptíveis à desertificação correspondem à 52,4% de toda a extensão territorial do Estado, ocupando uma área de 14.745 Km² e se mostram de forma mais grave ou intensa na região do alto sertão. No sudoeste do Rio Grande do Sul, algumas áreas desertificadas também preocupam.

Acompanhe este assunto pelo site da Segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas , que acontece em Fortaleza

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20100716

Altas temperaturas no Ártico

Calor excessivo nas regiões do Ártico derrete geleira na Groenlândia e provoca altas temperaturas na Rússia

O hemisfério norte está vivendo um calor nunca antes registrado. Na Rússia, mais de 10 milhões de hectares de cultivos perdidos levaram as autoridades a declarar estado de emergência em 17 regiões do país.

Vista do Ártico: Rússia e Sibéria (na parte inferior); Groenlândia e Canadá (parte superior)

Nesta sexta-feira, o escritório regional do clima em Moscou disse esperar que a onda de calor, que já custou ao setor agrícola US$ 1 milhão, continue na semana que vem. Os termômetros de Moscou podem chegar a 37ºC, o que romperia o recorde de 1936, 36,6º C.

As altas temperaturas e a seca aumentaram o número de incêndios. Uma coluna de fumaça e chamas rodeavam Moscou por conta dos incêndios florestais que ainda não foram controlados. De acordo com o governo, trata-se da pior seca no país em 130 anos.

Satélites e equipamentos de informação de última geração confirmam que a camada de gelo da Groenlândia está desaparecendo de forma cada vez mais rápida, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira, 12, na revista Science. Segundo Jonathan Bamber, cientista da Universidade de Bristol (Reino Unido), a perda de gelo foi constatada por ambos os processos.

O estudo aponta que o fenômeno se manifesta por uma maior produção de icebergs, assim como por um aumento de água de gelo derretido sobre a superfície das camadas. Os últimos verões mais quentes no hemisfério norte aceleraram ainda mais a perda da massa, para 273 gigatons por ano no período entre 2006 e 2008, o que representa uma alta de 0,75 milímetros no nível global do mar por ano. Se a camada de gelo na Groenlândia se derretesse completamente, o nível do mar subiria sete metros.
A partir destes resultados fica claro que a perda de massa da Groenlândia se acelerou nos últimos anos e isto sugere que a tendência se manterá no futuro (Jonathan Bamber).
Segundo o estudo, desde 2000, a camada de gelo perdeu um total de 1.500 gigatons, o que representa um aumento nos níveis do mar de cerca de meio milímetro por ano. O estudo acrescenta que, por outra parte, e desde o começo do derretimento da camada de gelo, a neve que cai sobre a região aumentou a um ritmo similar o que ocultou o processo durante mais de uma década. Além disso, grande parte da água voltou a congelar-se sobre a camada de gelo. Sem esse efeito moderador, a perda da massa congeladas na Groenlândia teria sido o dobro da atual, diz o estudo.

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20100531

Frota Gaza Livre cumpre seu objetivo moral

Ataque militar de Israel contra a Frota da Liberdade sofre fortes reações dos países árabes e críticas severas de vários países

O Exército de Israel atacou, na madrugada desta segunda-feira (5h local - 23h de Brasília, domingo), um comboio de seis barcos organizado pela ONG Free Gaza, liderado por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos dez mortos e cerca de 30 feridos. O "Canal 10" da televisão israelense assegurou que pelo menos 19 pessoas morreram e 36 ficaram feridas no ataque.

As imagens filmadas por um barco turco, e disponibilizadas na internet, mostram oficiais israelenses vestidos com roupas negras descendo de helicópteros e enfrentando os ativistas. Também são vistos vários feridos deitados no convés. "Na escuridão da noite, os militares israelenses desceram de um helicóptero para o barco turco de passageiros 'Mavi Marmara' e começaram a atirar quando pisaram no convés", afirma o site do Movimento Gaza Livre. As imagens tremidas mostram cenas de caos, com sombras de navios com mísseis israelenses ao fundo.

Os episódios de violência ocorreram a bordo do barco turco Mavi Marmara, que fazia parte da frota de seis navios destinados a romper o bloqueio à Faixa de Gaza, em uma ação do movimento Free Gaza.

O número dois do Ministério de Exteriores israelense, Daniel Ayalon, culpou os tripulantes da expedição pelo ataque militar israelense à "Frota da Liberdade".

Israel defendeu sua ação, argumentando que ativistas armados atacaram soldados israelenses enquanto eles eram levados de helicóptero para o convés de um navio. Afirmou que a arma de um de seus soldados foi tomada e usada para atacar os próprios militares do país. Ainda segundo o Exército israelense, ficaram feridos pelo menos 12 ativistas e 10 militares israelenses.

Em comunicado, o Exército israelense assegura que dois "ativistas violentos sacaram os revólveres" de suas tropas "e aparentemente abriram fogo contra os soldados, como provam os cartuchos vazios dos revólveres". O comunicado também assegura que "os organizadores" – entre eles a ONG turca IHH – têm "estreitos laços" com "organizações terroristas internacionais".

Na entrevista coletiva, o ministro Ayalon destacou que seu país "fez todo o possível para deter" a frota, mas seus integrantes "responderam inclusive com armas". "Nenhum país soberano toleraria essa violência". O ministro pediu que "todos os países trabalhem juntos para acalmar a situação" e que não sejam "pessimistas demais" sobre as consequências que possa ter a operação nas relações diplomáticas de Israel com outros Estados.

Antes da partida dos barcos, os organizadores da flotilha haviam informado que vários parlamentares europeus integrariam a frota humanitária, mas não está claro se algum desses políticos está entre as vítimas. O certo é que lá estavam membros de organizações da sociedade civil de 32 nacionalidades, incluindo uma cineasta brasileira.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos, mas não manifestou intenção de interromper o diálogo indireto de paz que mantém com Israel. “O que Israel cometeu contra os ativistas da 'Frota da Liberdade' é um massacre".

Um dos principais assessores de Abbas, o chefe negociador palestino Saeb Erekat, qualificou o ocorrido de "crime de guerra" que "confirma que Israel age como um Estado acima da lei". Ele pediu uma resposta "rápida e apropriada" da comunidade internacional.
"Eram embarcações civis, que levavam civis e bens civis - remédios, cadeiras de rodas, comida, materiais de construção - para os 1,5 milhão de palestinos fechados por Israel. Muitos pagaram com suas vidas. O que Israel faz em Gaza é horrível, nenhum ser humano esclarecido e decente pode dizer algo diferente".
O porta-voz da Palestina, Nabil Abu Rudeina, qualificou a ação de
"[...] crime contra a humanidade, já que foram atacados ativistas que não estavam armados e tentando romper o bloqueio sobre Gaza, fornecendo ajuda. (...) A agressão israelense terá perigosas consequências na região e no mundo".
O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, diante das câmaras, assegurou que nada pode justificar o “crime” cometido hoje por Israel.
“Esse crime reflete mais uma vez a falta de respeito de Israel pelas vidas de civis inocentes e pelo direito internacional”.
O chefe de Governo em Gaza do movimento islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, qualificou o ataque como "brutal" e convocou um Dia da Ira, ou seja, que os palestinos tomem as ruas em protesto pelas mortes.

Todos concordam que Israel passou das medidas

A Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, comovida com as informações do ataque, destacou sua "profunda preocupação" com as ordens militares recentemente impostas em Israel em relação a Gaza.
"Na Faixa de Gaza, o bloqueio continua menosprezando diariamente os direitos humanos de seus cidadãos. Houve muitos poucos avanços na quantidade de produtos que se permite entrar na região. A situação atual está longe de permitir que os cidadãos de Gaza levem uma vida normal e digna".
O vice-primeiro-ministro turco, Bülent Arinç, disse que a Turquia suspendeu seus exercícios militares conjuntos com Israel, país com o qual havia criado uma forte relação econômica e militar.
"Com seu comportamento, Israel prejudicou seriamente a consciência pública internacional. (...) Espero que o bloqueio desumano (a Gaza) seja suspenso (...) Este incidente ressalta mais uma vez a temeridade de Israel. É uma mancha negra na história da humanidade".
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse estar "profundamente chocado pelas consequências trágicas da operação militar de Israel", realizada contra "uma iniciativa humanitária". Em comunicado, Kouchner afirmou que "nada poderia justificar o uso de tal violência, que nós condenamos". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou o uso da força "desproporcional" por Israel.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou a perda de vidas e afirmou que esse incidente mostrou que há "uma clara necessidade de que Israel aja com comedimento".

Israel reforçou a segurança no país, nesta segunda-feira, temendo protestos de palestinos e mais distúrbios. Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas protestavam contra a ação israelense. Os manifestantes na maior cidade turca gritavam pedindo "vingança" contra Israel.

A Organização da Conferência Islâmica, que representa países islâmicos, condenou a ação israelense. A Arábia Saudita qualificou o incidente como "uma violação muito séria da lei internacional".

O Egito convocou o embaixador israelense para pedir explicações. A Jordânia e a Espanha também condenaram a ação dos militares israelenses. A Turquia anunciou que estava retirando seu embaixador de Tel-Aviv. O escritório do primeiro-ministro israelense advertiu os cidadãos locais para que não viajem à Turquia, temendo retaliações, sugerida pela Turquia.

O ministro de Informação da Jordânia, Nabil Sharif, disse que o ataque "violou todos os princípios humanitários e as leis internacionais, porque nada justifica o uso da força contra a expedição humanitária.

A Síria apoiou o pedido da reunião da Liga Árabe, sugerido pela Turquia, enquanto o governo do Líbano emitia comunicado condenando "o selvagem ataque israelense contra civis".

O ministro de Defesa do Irã (segundo a agência ILNA) fez um apelo aos países do mundo para que cortem todas as relações com Israel.
"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo totalmente e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas com o regime sionista".
Já o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, considerou o ataque como um "ato desumano do regime sionista".
"Este ato contra o povo palestino e o feito de impedir que a ajuda humanitária chegasse a Gaza não é um sinal de força, e sim de debilidade desse regime. Tudo isso mostra que o fim deste regime sinistro está mais próximo que nunca".
Os EUA emitiram nenhuma palavra repreendendo Israel, país do qual são parceiros, mas mostraram-se solidários às vítimas.
"Os EUA realmente sentem pela perda de vidas e pelos ferimentos causados, e está atualmente trabalhando para entender as circunstâncias que rodeiam essa tragédia." (porta-voz da Casa Branca Willian Burton).
A Alemanha considera o ataque israelense como sendo "a primeira vista", de caráter "desproporcional", afirmou Ulrich Wilhelm, porta-voz do governo alemão, que raramente dirige críticas à Israel.
"Os governos alemães sempre reconheceram o direito de Israel a defender-se, mas esse direito deve dar-se em marco de uma resposta proporcional" (Wilhelm).
Clima tenso acompanhava a frotilha 

A cineasta brasileira Iara Lee (de origem coreana, radicada nos Estados Unidos) estava a bordo de um dos barcos atacados. O último contato feito por Iara ocorreu ontem à noite, quando, segundo amigas, ela postou mensagem no site Facebook, anunciando que o barco em que ela estava fora cercado pela Marinha de Israel. A brasileira embarcou na última quinta-feira a partir da Turquia e vinha dando notícias graças a uma conexão internet disponível no barco em que ela estava. Em carta escrita antes do embarque, Iara justificou a participação na missão Free Gaza, dizendo que pretendia chamar atenção para o que ela considera "grave abuso de direitos humanos" cometidos por Israel na faixa de Gaza.
"Normalmente eu consideraria uma missão de boa vontade como esta completamente inócua. Mas agora estamos diante de uma crise que afeta os cidadãos palestinos criada pela política internacional. É resultado da atitude de Israel de cercar Gaza em pleno desafio à lei internacional. Embora o presidente Lula tenha tomado algumas medidas para promover a paz no Oriente Médio, mais ação civil é necessária para sensibilizar as pessoas sobre o grave abuso de direitos humanos em Gaza (...) Eu me envolvo porque creio que ações resolutamente não violentas, que chamam atenção ao bloqueio, são indispensáveis para esclarecer o público sobre o que está de fato ocorrendo. Simplesmente não há justificativa para impedir que cargas de ajuda humanitária alcancem um povo em crise" (Iara Lee)

[Com informações da AFP]

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20100501

O urbanismo universal de Xangai

A exposição magnífica e inesquecível de Xangai (China) é um grande evento para explorar todo o potencial da vida urbana no século 21

Com o tema Better City, Better Life (Cidade Melhor, Vida Melhor), a Expo Xangai 2010 começou hoje e estará aberta até 31 de outubro de 2010, expondo assuntos relacionados ao desenvolvimento urbano com qualidade de vida. Cerca de 173 países e 33 organizações internacionais estão presentes na feira. Os organizadores esperam entre 70 a 100 milhões de visitantes, nos próximos seis meses.

Desde 1851 que o mundo se reúne periodicamente em grandes exposições universais. Londres foi a primeira a se exibir para o mundo quando montou seu famoso Cristal Palace, um grandioso espaço de aço e vidro que abrigou os stands de vários países. A partir de então me lembro da Tour Eiffel (1889), do pavilhão alemão de Mies Van der Rohe (1929), do pavilhão português de Álvaro Siza (1998), entre tantos outros projetos memoráveis.

A Expo 2010 representa o desejo comum da humanidade de uma vida melhor nos futuros ambientes urbanos. Este tema constitui uma preocupação central da comunidade internacional para as futuras decisões políticas, estratégias e desenvolvimento urbano sustentável. Em 1800, 2% da população mundial vivia em cidades. Em 1950, o número aumentou para 29%; em 2000, quase metade da população do mundo mudou-se para as cidades, e até 2010, como estimado pela Organização das Nações Unidas, a população urbana representa 55% do total da população humana.


O pavilhão chinês (acima), uma pirâmide invertida vermelha que domina a exposição, com sua altura e tamanho equivalentes a 35 campos de futebol, é um dos pavilhões mais visitados, juntamente com os de Canadá, Estados Unidos, França e Suíça, os mais audazes em arquitetura (a seguir).

Canadá : Cidade viva - inclusiva, sustentável, criativa

 Estados Unidos: Desafios urbanos

França: Cidades sensuais

Suiça: Interação urbana e rural

A busca por uma vida melhor sempre foi marcante na história urbana da humanidade. Através de diferentes sub-temas, Expo 2010 estimula a elaboração e execução de projetos urbanos do futuro com harmoniosos estilos de vida para as cidades, aléjm de proporcionar uma extraordinária plataforma educacional e de entretenimento para os visitantes de todas as nações. Ali estão a diversidade cultural, a prosperidade econômica da cidade, as inovações da ciência e tecnologia, as propostas de remodelação das comunidades urbanas e a melhor integração das áreas rural e urbana.

Os participantes estão mostrando a civilização urbana em toda sua extensão, o intercâmbio de suas experiências de desenvolvimento urbano, as noções avançadas em cidades e as novas abordagens para o habitat humano, estilo de vida e condições de trabalho.

Á primeira vista, percebe-se que estimular a criação de uma sociedade de amigos da natureza e a sustentabilidade do desenvolvimento sócio-econômico são as principais diretrizes dos organizadores do evento. A Expo Shangai está dividida em cinco zonas temáticas: urbanidade, cidades humanas, planeta urbano, vestígios urbanos e cidades do futuro.

Brasil: Cidades pulsantes: a vida nas cidades brasileiras

A participação do Brasil, sob o tema Cidades pulsantes: a vida nas cidades brasileiras, está sendo criticada nos meios acadêmicos e profissionais da arquitertura, engenharia e sociologia brasileiros por não representar autenticamente o desejo dessas categorias em relação ao urbanismo. Se assim fosse, veríamos grandes nomes nacionais, como ocorreu com outros países. Tudo foi escolhido por um grupo restrito, com pouca criatividade: pavilhão (apesar do conceito) medíocre, tema pouco significativo.

Outros pavilhões em destaque:

Austria: Sinta a harmonia

Luxemburgo: Pequeno é bonito

 Israel: Inovação por uma vida melhor

O desenvolvimento humano global é um pré-requisito para o desenvolvimento sustentável das cidades

Saiba mais sobre a Expo Xangai, explorando seu website.

Faça um tour pela Expo 2010. Veja os pavilhões..

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20100418

Aumentam as fraudes pela internet

Entre 2004 e 2009 houve um aumento de 6.513% no número de fraudes pela internet, no Brasil

A jornalista Bruna Ribeiro observou que a atuação dos criminosos na fraude eletrônica é altamente especializada:
Os grupos nem precisam mais de gênios dos computadores para roubar senhas e aplicar golpes (...) agora as quadrilhas têm membros cujos conhecimentos de informática não passam do nível básico. E elas prestam serviços até para o crime organizado tradicional: usam senhas roubadas para colocar crédito em telefones pré-pagos - serviço útil para presidiários (Bruna Ribeiro, Jornal da Tarde, 17-04-2010)
Para o delegado José Mariano de Araújo Filho, da Unidade de Inteligência Policial do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), o número de fraudes pode ser bem maior pois o crime não é investigado com a devida rapidez por causa da burocracia:
O crime é online. A legislação, offline. Se temos suspeitas e precisamos colher informações de um provedor de acesso, temos de pedir mandado à Justiça, que decide se aceita ou não. (Temos de)esperar a Justiça notificar o provedor, o provedor responder à Justiça e só aí recebemos a informação. Nesse tempo, o suspeito já sumiu... (Araújo Filho, 17-04-2010)
O professor de segurança da informação Edilson Fontes, da Faculdade de Tecnologia da Informação, observa que bancos e empresas costumam avisar que não enviam e-mails para clientes, mas as pessoas ainda caem nesses truques.
[...] os bancos são seguros contra os ataques hackers e, por isso, os criminosos vão para o elo mais fraco, os clientes (...) Agora, época de eleição, vai chover e-mails falsos do Tribunal Regional Eleitoral mandando a pessoa atualizar os dados cadastrais (Edilson Fontes, 17-04-2010)
Ainda, contudo, fique prevenido e alerta. Observe os sites, não abra emails de origem desconhecida e não verificável. Faça transações pela internet em sites conhecidos e seguros. Mantenha seu Windows atualizado com antivirus (também atualizado diariamente). Limpe os cookies residentes de vez em quando. São algumas medidas preventivas.

Para evitar cair em golpes virtuais, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta aos internautas que evitem abrir e-mail de desconhecidos (principalmente com conteúdo pornográfico), digitem sempre o endereço da página no navegador, não abram mensagens do tipo "clique aqui", não digitem informações sigilosas em computadores usados por muitas pessoas, como os de lan houses e cyber cafés, e troquem sempre a senha da internet.

Estes são os golpes mais comuns (e que sirvam de alerta para os internautas de boa-fé), segundo a Bruna Ribeiro

• Com senhas roubadas, eles se oferecem em sites de relacionamento para pagar boletos de cobrança pela metade do valor da conta.

• Grupos mandam e-mails para as vítimas ou criam sites falsos, quando o usuário clica nesses locais, instala, sem saber, um programa que registra tudo o que é digitado no teclado. A informação é enviada para o e-mail dos criminosos.

• Recriam página de uma loja virtual e quando o cliente digita o número do cartão de crédito, os dados vão para o criminoso. “O site pirata acessa a página real, informando a compra. O cliente recebe o produto normalmente, sem saber que o sigilo foi violado.”

Para mais exemplos, verifique o Catálogo de Fraudes do Centro de Atendimento a Insidentes de Segurança (CAIS), com links maliciosos, páginas falsas etc.

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20100415

Ameaça das cinzas vulcânicas

Nuvem de cinzas de vulcão na Islândia atrapalha o tráfego aéreo na Europa


A nuvem de cinzas expelida pela erupção de um vulcão subterrâneo sob a geleira Eyjafjälla, no sul da Islândia, forçou vários países europeus a fechar o espaço aéreo e a cancelar voos em todo o continente, deixando milhares de passageiros em terra.

Segundo dados do Eurocontrol, a agência responsável pela segurança aérea na Europa, 25% de todo o tráfego aéreo foi suspenso. Noruega, Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca fecharam seu espaço aéreo salvo para casos de emergência, enquanto as autoridades suecas já anunciaram que também tomarão a mesma ainda nesta quinta-feira.


As autoridades aéreas da Europa demonstram cautela para autorizar voos perto de erupções vulcânicas por causa de incidentes passados. Em 1982, um jumbo 747 da British Airways teve as quatro turbinas paralisadas após voar por uma coluna de fumaça vulcânica.

As restrições prejudicaram milhares de passageiros em toda a Europa, incluindo o aeroporto com maior tráfego do continente, o de Heathrow, em Londres, que tem 1,3 mil voos diários.

Especialistas calculam que a erupção é dez vezes superior à do vulcão Fimmvorduhals, que aconteceu no final de março e terminou na semana passada.

O maior temor é de que as erupções sejam uma antecipação da explosão do vulcão Katla, de maior potência, como ocorreu várias antes.

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20100414

Terremoto devasta oeste da China

Uma série de ao menos seis fortes tremores atingiu em menos de três horas uma região remota do Tibete, na China, deixando ao menos 400 mortos, outros 10 mil feridos e destruindo milhares de casas feitas de barro e madeira


Pelo menos 420 pessoas morreram e mais de 10 mil ficaram feridas em decorrência do terremoto de magnitude 7,1 Richter que atingiu, esta manhã, a província ocidental chinesa de Qinghai (noroeste do país), que faz fronteira com o Tibete. É habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han, e foi uma das zonas afetadas pelo terremoto de maio de 2008 que sacudiu o norte da vizinha província de Sichuan, deixando cerca de 90 mil mortos e desaparecidos. Na ocasião, cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor.


Segundo informações das agências internacionais de imprensa, as autoridades ainda avaliam o tamanho real da tragédia e temem que o número de vítimas possa ser muito maior em virtude do horário dos abalos, pois era muito cedo e as pessoas ainda estavam em suas casas. A agência estatal de notícias Xinhua destaca que os condados de Yushu e Jiegu foram os mais atingidos pelos tremores. Moradores locais contam que viram diversas casas e templos desabando. A agência informou que 85% das residências de Jiegu desabaram, obrigando o governo central do país a deslocar equipes de resgate de várias partes para atender as vítimas. Os relatos da Agência Sismológica Chinesa afirmam que o sistema de telecomunicações da província entraram em colapso e as estradas que fazem a ligação com o aeroporto local foram gravemente prejudicadas.

O oeste da China, com grandes cadeias montanhosas como o Himalaia, é zona de frequentes terremotos, embora muitos deles aconteçam em áreas pouco povoadas ou desabitadas.

Dezenas de sismos acontecem todos os dias, com alguns tremores atingindo mais de 7 graus na escala Richter. Salvo pesquisa mais apurada, o ano de 2010 está bem diferente dos outros. Estamos com três terremotos de grandes proporções neste início de ano: janeiro, no Haiti; março, no Chile; abril, China/Tibete. As placas tectônicas estão em movimento, a crosta terrestre está ficando vulnerável e os fenômenos climáticos estão cada vez mais intensos.

As pessoas mais pobres e as construções mais simples são as que mais sofrem com abalos sísmicos...

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20100412

Quem tem bomba atômica no mundo

Os maiores construtores de ogivas nucleares do mundo (Rússia e Estados Unidos) agora querem dificultar o enriquecimento de urânio a mais de 20% e o uso bélico da energia atômica

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama é anfitrião de uma histórica cúpula de segurança nuclear, composta de líderes de mais de 50 países e organizações internacionais, que pretende impedir os materiais radioativos de caírem nas mãos de terroristas. Em segundo plano, o encontro debaterá sanções contra o Irã.


Para alguns analistas, armamento nuclear evita conflitos pelo poder de dissuasão; mas para outros (como o presidente estadunidense Obama) a temeridade é que um futuro ataque nuclear seja lançado por terroristas muculmanos.

De fato, essa desconfiança é um forte argumento – até mesmo um paradigma da guerra contra o terrorismo – apesar da realidade atômica deixar mais preocupação pelo elevado número de ogivas em países de índole imperialista como a Rússia (5.192 ogivas), Estados Unidos (4.075) e outros como a França (300), Israel (200), China (176), Índia (75), Paquistão (15) e Coréia do Norte (2).

O objetivo de Obama é que todos os países com capacidade ou equipamento nuclear se comprometam a detectar e colocar suas reservas de material sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em um prazo de quatro anos. Também propõe a criação de um banco internacional de combustível nuclear para a reciclagem dos materiais mais perigosos, como o urânio enriquecido. As Nações Unidas, por sua vez, querem que seja proibida a produção de material físsil destinado a armamentos nucleares.

O Irã afirmou que não se sentirá de modo algum vinculado aos compromissos conhecidos de antemão da cúpula sobre segurança nuclear.

O site Último Segundo traz infográficos com a localização e o número de ogivas nucleares espalhadas pelo mundo, além de mísseis, submarinos, bombardeios etc.

Uma Apostila Educativa de Energia Nuclear, de Eliezer de Moura Cardoso e colaboradores, pode ser aberta ou baixada (formato pdf) do site da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ensinar muita coisa sobre o assunto.

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20100328

A ferida aberta do Haiti

Os haitianos são um reservatório de esperança, em uma nação dominada por uma elite distante e corrupta que não responde ao povo

Parece que a situação do Haiti vai ficando cada dia pior. A jornalista Adriana Carranca, em matéria do Estadão (28 de março de 2010) resume com grande isenção o que vai por aquele país. “O Haiti é uma ferida aberta no corpo das Nações Unidas.”


 Dependendo da Conferência Mundial para a Reconstrução, adiada para junho próximo, o Haiti continua a viver momentos críticos e difíceis. Nos meses de abril e maio, as chuvas aumentam na região e “terá levado consigo barracas improvisadas, o que restou das casas ainda equilibradas sobre frágeis pilares e mais vidas.” A primeira tempestade desde o terremoto, semana passada, causou inundações em Citè Soleil e afetou 500 campos de desabrigados de Porto Príncipe, transtormados em enormes lamaçais. Neles vivem perto de um milhão de pessoas “sem água, o esgoto corre a céu aberto e os relatos de estupros durante a noite se acumulam”. Na visão de Carranca, a tempestade foi um aviso dos santos do vudu.

Duas semanas antes, o coronel Faulstich, comandante do Brabatt 2 (batalhão agregado às forças brasileiras no Haiti), chamava a atenção para o início das tempestades: "A hora que as águas vierem, vão levar tudo isso aí". Também alertou para o fato de que na região de Bel Air, onde estão a Catedral, o Palácio do Governo, os Ministérios, o Legislativo e o Judiciário, as universidades e a antiga penitenciária – todos em ruínas – há muitos mortos embaixo dos escombros que ainda não foram removidos: “Aqui não se fala em reconstrução."

Para Carranca “é difícil descrever o olhar dos haitianos diante desse vazio (...) muita gente contemplando o nada e crianças vagando, sem ter o que fazer, porque as escolas não voltaram a funcionar. Há dificuldade de espaço nos campos e ONGs para dar aulas, segundo informou o porta-voz do Unicef no Haiti, Simon Ingram.

O terremoto expôs a fragilidade do governo haitiano e da missão da ONU, no país desde 2004.
O desastre retirou o véu de hipocrisia de todos os poderes e evidenciou a incapacidade da comunidade internacional, que tantos anos e dólares depois, não conseguiu fazer nada aqui. Os haitianos são um reservatório de esperança em uma nação dominada por uma elite distante e corrupta que não responde ao povo (...) O presidente Lula deveria renunciar à tentação do protagonismo internacional pessoal e retirar o apoio à missão da ONU. (Pablo Mella, padre jesuíta)
[O Estado de São Paulo - Adriana Carranca]

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20100324

A pandemia do medo e a vacina mortal

O Brasil se prepara para vacinar mais de 90 milhões de brasileiros nas próximas semanas, embora a população ainda tenha dúvidas e questionamentos sobre os efeitos adversos da vacina anti-gripe A-H1N1.


Os perigos da vacinação em massa e forçada contra a gripe “suina” A-H1N1 – uma imposição paternalista irracional fundada no medo e na apreensão – tem provocado centenas de emails, manifestações públicas, cartas-abertas às autoridades de Saúde e atos públicos, por parte de cidadãos e médicos, veementemente contrários ou desconfiados da medida, em vários países. Foram registrados problemas colaterais e efeitos adversos em muitas pessoas vacinadas na Austrália, Bolívia, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, México (onde a presumida pandemia começou), Holanda, Irlanda, Israel, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia, entre outros.

A idéia central dos protestos mundiais espontâneos contra a vacina antigripal A-H1N1, presentes em várias redes sociais e sites exclusivamente dedicados, é pela suspensão urgente da campanha de vacinação, até que todos os dados relacionados aos diversos problemas de segurança, falta de provas conclusivas clínicas, toxidade, efeitos secundários e mortes pela vacina sejam analisados e esclarecidos.

Uma carta-aberta de cidadãos chilenos ao novo presidente do Chile Sebastián Piñera apresenta algumas considerações merecedoras de atenção. A principal delas refere-se à existência de três recursos que tornam a vacina contra a gripe A-H1N1 diferente a cada ano:
1) A maioria dos laboratórios desenharam a vacina de maneira que uma só injeção não seja suficiente, necessitando-se de mais uma dose. A OMS recomenda também que se aplique tamém a vacina contra a gripe comum sazonal. Quem segue estas recomendações da OMS expõe-se a ser injetado três vezes. Isto é uma novidade que, teoricamente, multiplica por três os possíveis efeitos secundários, sem que nada se saiba deles, pois nunca antes algo assim acontecera.

2) Alguns dos laboratórios fabricantes decidiram adicionar à vacina coadjuvantes mais potentes que os utilizados até agora na vacina da gripe comum para estimular o sistema imunitário. O produto do laboratório GlaxoSmith-Kline, por exemplo, contém um coadjuvante chamado de AS03 – uma combinação de esqualeno (C30H50) e polissorbato – que multiplica por dez a resposta imunitária. O problema é que nada pode assegurar que este estímulo artificial do sistema imunitário não provoque enfermidades auto-imunes graves depois de um tempo (como a paralisia ascendebnte de Guillain-Barré e uma enorme lista de outros agravos).

3) A terceira novidade que distingue a vacina comum de gripe sazonal da nova vacina anti-influenza A, é que as companhias farmacêuticas que a fabricam estão exigindo aos países que firmem acordos que lhes proporcionem impunidade em caso das vacinas terem mais efeitos secundários do que os previstos. Nos Estados Unidos já existe um acordo que libera tanto os políticos com as companhias de toda a responsabilidade pelos possíveis efeitos secundários da vacina.
Outro fato que se destaca é o da jornalista austríaca Jane Bürgermeister, que tem alertado o mundo, recentemente, sobre o maior crime da história da Humanidade que está em andamento, ao apresentar acusações criminais contra a OMS e vários altos funcionários de governos e corporações, denunciando bioterrorismo e tentativa de extermínio em massa.

O Brasil começou a vacinar mais de 90 milhões de brasileiros, embora a população ainda tenha dúvidas e questionamentos sobre os efeitos adversos da vacina. Neste momento torna-se necessário (e ainda dá tempo) o empenho de especialistas e também das pessoas no esclarecimento dos reais riscos do vírus Influenza A-H1N1 e as possíveis complicações referentes a vacinação em massa.

E no Brasil, há mais de 30 anos, há uma norma oficial que permite ao Governo forçar a vacinação na população, caso "ache necessário". Trata-se do decreto 78.231, de 12 de Agosto de 1976, que “regulamenta a Lei n. 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças e dá outras providências” determinando:
Artigo 13: Parágrafo único. Consideram-se de notificação compulsória:

I - As doenças que podem implicar medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional;

Art 27. Serão obrigatórias, em todo o território nacional, as vacinações como tal definidas pelo Ministério da Saúde, contra as doenças controláveis por essa técnica de prevenção, consideradas relevantes no quadro nosológico nacional.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo o Ministério Saúde elaborará relações dos tipos de vacina cuja aplicação será obrigatória em todo o território nacional e em determinadas regiões do País, de acordo com comportamento epidemiológico das doenças.

Art 28. As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal, e dos Territórios poderão tornar obrigatório o uso de outros tipos de vacina para a população de suas áreas geográficas desde que:

I - Obedeçam ao disposto neste Decreto e nas demais normas complementares baixadas para sua execução pelo Ministério da Saúde;

II - O Ministério da Saúde aprove previamente, a conveniência da medida;

III - Reúnam condições operacionais para a execução das ações.

Ao permitir que qualquer agência estrangeira ou nacional force uma vacinação em massa, quando existem alternativas viáveis, não está servindo os melhores interesses da segurança nacional, da educação em saúde, da assistência social, da seguridade e da paz mundial.

Sob a lei da necessidade, as pessoas têm o poder de agir para preservar suas vidas, mesmo que seja contrário à política governamental, especialmente aquela que colocar sua vida em risco (Ver ainda Constituição Federal, art. 5°, Inciso X)

Nos meios médicos e de enfermagem, as dúvidas sobre os efeitos adversos da vacina antigripal A-H1N1 são cada vez mais frequentes. Se alguém da sua família, do seu círculo de amizades ou Vc. mesmo(a) tomou a primeira dose, evite a segunda, e se já tomou a segunda, fique atento aos sinais e sintomas estranhos ou diferentes. Proteja sua vida! Observe os sintomas pós-vacinação. Veja estes dois vídeos sobre o assunto.

Leia outras matérias, textos, artigos e sites protestando e alertando sobre os riscos da vacinação em massa, pesquisados pel’A Página, e pondere bem antes de qualquer decisão. Pense nos familiares, nos amigos, nos amores...

▪▪► Não manche suas mãos de sangue
▪▪► Folleto de información Vacuna A-H1N1 (para médicos)
▪▪► Dile NO a la maldita vacunación
▪▪► Razones sencillas para no vacunarse de la Gripe A

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20100304

Dias mais curtos, climas mais acentuados

Abalos no Chile alteraram a rotação do planeta e a duração dos dias

Salvador Dali

Os intensos abalos que atingiram o Chile, em 27 de fevereiro, produziram um terremoto de magnitude 8,8 richters, causaram mais de 850 mortes, parece ter inclinado o eixo da Terra em cerca de oito centímetros (2,7 microssegundos) e encurtado a duração dos dias em 1,26 microssegundos – um microssegundo é a milionésima parte de um segundo; um segundo, no caso, é uma ‘fatia’ de uma circunferência.

O pesquisador Richard Gross e colaboradores do Laboratório de Propulsão da Agência Espacial Americana (Nasa, sigla em inglês), em artigo na revista Business Week, explicaram que a mudança no eixo da Terra refere-se ao eixo imaginário em torno do qual se equilibra a massa do planeta e não ao eixo Norte-Sul, de polo a polo.

A mudança ocorre, segundo a Nasa, porque um terremoto desta magnitude é capaz de fazer com que a Terra gire mais rapidamente, uma vez que parte da massa do planeta aproxima-se do eixo do globo. Eles comparam a situação a um patinador que, quando gira sobre seus patins, numa pista de gelo, consegue aumentar sua velocidade quando cola os braços ao próprio corpo. Um terremoto poderia também desacelerar a rotação da Terra e tornar o dia mais longo caso a massa se distancie do eixo da Terra. Os cientistas disseram que a mudança é permanente, mas "muito, muito pequena".

Efeitos semelhantes ocorreram em 2004, quando um poderoso terremoto de 9,1 richters atingiu o sudeste da Ásia (epicentro na ilha indonésia de Sumatra) e parte da África, provocando alterações no eixo do planeta em sete centímetros (2,3 milisegundos) e reduzindo a duração dos dias em 6,8 microssegundos. Este sismo provocou um deslocamento de até 20 metros da crosta terrestre em certas áreas do Índico, fazendo com que ilhas inteiras ‘andassem’ no sentido sudeste de uma só vez.

Para dar uma idéia do quão colossal foi esse avanço em relação ao processo extremamente lento da movimentação das placas tectônicas, Paul Tapponier, diretor do laboratório de análises tectônicas do Instituto de Física do Globo, da França, informou, na época, que os continentes –que estão assentados sobre placas que flutuam no manto terrestre, como se boiassem em um líquido – se afastam ou se aproximam à razão de poucos centímetros por ano.

Gross e cols. (2010) compararam os resultados daquele terremoto da Sumatra com o ocorrido no Chile, explicando que apesar deste último ter sido menor do que aquele, provocou mais alteração no eixo terrestre por ter ocorrido mais longe da linha do equador, e porque a falha geológica na qual aconteceu o terremoto chileno foi mais profunda e ocorreu em um ângulo ligeiramente mais acentuado do que a responsável pelo terremoto de Sumatra. Isso fez com que a falha no Chile fosse mais eficaz para deslocar verticalmente a massa da Terra e, portanto, mais eficaz na sua mudança de eixo.

Com esses dois resultados acumulados, portanto, deduz-se que nos últimos cinco anos a duração dos dias foi encurtada em 8,06 microssegundos (Chile 1,26 + Sumatra 6,8) e o eixo da Terra ficou mais inclinado 5,0 microssegundos (Chile 2,7 + Sumatra 2,3) – o que, naturalemente, contribuirá para alterar o clima e a vida no planeta, acentuando o que já vem ocorrendo nos últmos anos.


A inclinação do eixo da Terra atualmente é de 23,45°. Ela também varia. Num período de 41.000 anos o ângulo que o eixo da Terra faz com respeito ao plano de revolução muda de 21,80° para 24,36°. Uma inclinação menor da Terra significa menor diferença da temperatura das estações do ano; maior inclinação significa maior diferença, ou seja, inverno mais frio e verão mais quente. Esta inclinação, há milhões de anos atrás chegou a 54°.

A Terra, além de estar inclinada de 23,45°, gira como se fosse um pião, mudando lentamente o ponto no espaço para onde aponta seu eixo. Esse lento movimento recebe o nome de precessão e sua duração é de 26.000 anos. O efeito deste movimento na Terra é muito lento mas o resultado final é que dentro de 13.000 anos o verão no Brasil ocorrerá em junho e o inverno em dezembro. O eixo da Terra estará apontando para a estrela Vega e não mais para a Polaris.





Saiba mais sobre os movimentos que a Terra está sujeita em Nossos oito movimentos pelo cosmos

Entenda como se calcula o tempo na Terra em Equação do Tempo

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20100210

Brasil tem alta imunidade contra a gripe

A gripe parece propagar-se de modo mais lento no Brasil

Verificar e comparar a incidência e gravidade da gripe no Brasil foram alguns dos objetivos do estudo realizado por Gerardo Chowell e Wladimir Alonso (2010), da Universidade do Estado do Arizona (EUA), envolvendo dados e informações fornecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil e por outros institutos nacionais de saúde americanos, entre 1996 e 2006.

A análise decenal revelou que a doença parece se propagar de modo mais lento no Brasil do que em outros países, graças a um nível relativamente alto de imunidade entre a população. Esta é a boa notícia. A má é que, por isso, a diversidade genética dos vírus no Brasil é alta, com potencial de produzir e exportar novas variantes para países menos imunes.

Comparando a curva formada pelo aumento de casos, ao longo do tempo, os pesquisadores calcularam que, no país, em média, cada pessoa infectada contamina outra 1,03 pessoa – índice inferior ao 1,08 pessoa registrado nos EUA (e na Europa). Alonso explica:
Pode ser que a qualidade dos dados varie de regiões mais pobres para mais ricas, mas achamos que a variação não é significativa, porque os médicos reconhecem com facilidade uma morte por infecção respiratória (...) Nós também vimos que, ao contrário do que se vê no hemisfério Norte, não há uma estação de gripe muito bem marcada. A situação lembra mais um cenário no qual os vírus estão circulando o tempo todo. E isso explicaria o desenvolvimento de uma imunidade mais elevada a eles.
Os dados indicam que a população brasileira funciona como um grande reservatório de muitas variantes relativamente benignas de vírus da gripe, e, por isso, embora cepas surgidas no Brasil tendam a ser menos agressivas, é bem possível que o reservatório brasileiro de vírus acabe exportando novas variedades da gripe comum para outros locais do planeta. A nota de cautela vem de Chowell:
Acho que a grande mensagem desse resultado é a necessidade de melhorar os sistemas de vigilância que acompanham as variantes da gripe, em especial, em países tropicais como o Brasil, sobre os quais ainda há poucos dados.

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20100118

Haiti devastado


Hoje faz seis dias que um forte terremoto de 7,0 graus na escala Richter jogou p’ra cima um dos países mais empobrecidos do mundo (o mais das Américas), resultando em dados e números assustadores. Agências de notícias opinam que a destruição de Porto Príncipe (capital) foi maior que Hiroshima (destruída pela bomba atômica), inclusive em número de mortos, estimados em mais de 100 mil pessoas. Segundo a agência européia EFE, o governo local confirmou que, pelo menos 72 mil corpos já foram enterrados.


São tantas imagens chocantes e tristes, desesperadoras, que levam os mais céticos a ensaiar uma prece ao Céu. A miséria já corrói o Haiti, espoliado por tudo quanto é tipo de exploração e desrespeito aos direitos humanos, e pelas forças da natureza, que vira-e-mexe atacam naquela região caribenha.

Analisando as imagens diárias de Porto Príncipe, enviadas por amigos, a gente percebe que a destruição foi de ponta a ponta, apesar dos noticiários focalizarem mais Porto Príncipe, com seus mais de dois milhões de habitantes cercados de escombros e lixo por todo lado.


Essas imagens são muito fortes e sensibilizam o mundo: pessoas famintas, sedentas, doentes, feridas, sangrando, inválidas, alucinadas, o caos - se alguém quer saber o que é caos. Água potável, muito cara, é só para poucos que ainda têm alguma coisa para trocar (porque dinheiro quase não há). “Quem não pode pagar para tê-la, lava alimentos, o corpo, a roupa... no esgoto mesmo, que corre a céu aberto”, contava triste a Bruninha, quatro meses atrás, dizendo que a capital do Haiti era uma grande favela pobre. Imagine hoje então...

Distribuição de alimento - crianças não tem vez

O desespero e a violência aumentam nas ruas. Em Peguyville (bairro central da capital), milhares de refugiados só dispõem da água de um caminhão pipa. Em outras partes da cidade devastada, cenas comuns de grupos que roubam todo tipo de mercadorias em comércios fechados ou armazéns.

Centenas de jovens, muitos armados com barras de ferro ou madeira e alguns com facas, ocuparam hoje uma importante avenida e forçaram a entrada de vários armazéns, nenhum deles de produtos comestíveis, em uma das principais vias do centro. Muitos deles protagonizaram confrontos aos socos e empurrões em plena rua pela repartição do material, sob o olhar de vários fotógrafos da imprensa internacional. Saques que ficam totalmente impunes, pois os militares da ONU, que percorrem as ruas da capital, passam por essa gente sem intervir, enquanto a Polícia haitiana dispara para o alto, sem poder contê-los.

Muita ajuda internacional em dinheiro, alimentos, remédios, roupas e água chegam a toda hora, no aeroporto, mas esses recursos quase nunca alcançam destino certo, devido a ação de grupos políticos corruptos, que desviam os produtos.

Os Estados Unidos  (sábado último 16) desembarcaram 130 mil porções de comida e 70 mil garrafas de água potável destinadas aos desabrigados e “milhares de soldados armados como para uma guerra”, segundo critica do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Observadores internacionais acreditam que uma campanha silenciosa foi posta em marcha para anexar a região ao território norte americano, plano que une os ex-presidentes Bill Clinton (democrata) e George W. Bush (republicano), que transformaram Porto Príncipe num grande palanque. A história deveria ter outro desfecho, mas ainda não se vislumbra o futuro próximo.


Barraco de favela haitiana, antes do terremoto

Leia mais sobre o terremoto no Caribe, em matérias d’A Página Com a força de um coração cósmico e em É possível prever terremotos

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20100104

A torre mais alta do mundo

Inaugurado o mais alto edifício do mundo, o Burj Khalif (Dubai, Emirados Árabes), com mais de 820 m de altura

Tem algumas construções que engrandecem o espírito humano pois são construídas com coragem, ousadia e muita organização. A engenhosidade humana não tem limites. Foi inaugurado hoje pela Emaar Properties, em Dubai, o edifício mais alto do mundo: a Torre Burj Khalif (ex-Burj Dubai), com mais de 828 m de altura ((2.716 pés) e 162 andares, superando a Taipé 101 (Taipé, Taiwan), campeã desde 2004, com 508 m (ao lado).


A nova Torre, desenhada pelo arquiteto Adrian Smith (EUA), custou 4,1 bilhões de dólares e não será superada tão cedo, pois os arranha-céus, atualmente em construção (e com data marcada para inauguração), não passam de 610 m (Tokyo Sky Tree, Japão, 2012). Este ano serão inauguradas mais três torres: Chicago Spire (Chicago, EUA, 609 m), Abraj Al Bait (Meca, Arábia Saudita, 600 m) e International Commerce Center Hong Kong (484 m).

A Torre Burj Khalif possui alguns itens curiosos como o posto de observação a 442 m de altura (o mais alto do mundo, andar 124); a maior mesquita do mundo (no andar 158 ); 57 elevadores; número de janelas suficientes para envidraçar 20 estádios de futebol; gasto de energia elétrica equivalente a 500 mil lâmpadas de 100 watts ao mesmo tempo; peso equivalente a 100 mil elefantes; e consumo diário de um milhão de litros de água. A antena da Torre pode ser vista a 100 km de distância e sua fundação foi a 50 metros de profundidade. Visto de cima o Burj Khalif forma uma rosa.

Eis a lista dos 10 edifícios mais altos do mundo (com localização e ano de inauguração):
■ 818 m - Torre Burj Dubai (Dubai, Emirados Árabes Unidos, 2010)
■ 508 m - Taipei 101 - Taipé - (Taiwan, 2004)
■ 492 m - Shangai World Financial Center - Xangai (China, 2008)
■ 442 m - Willis (Sears) Tower - Chicago (Estados Unidos, 1974)
■ 410 m - Petronas Twin Towers - Kuala Lumpur (Malásia, 1998)
■ 407 m - Two International Finance Center en Hong Kong (2003)
■ 381 m - Empire State Building - Nova York (Estados Unidos, 1931)
■ 374 m - Central Plaza - Hong Kong (1992)
■ 369 m - Bank of China - Hong Kong (1989)
■ 366 m - Torre Jan Mao - Xangai (China, 1998)
Estas são as cinco maiores torres em construção (com localização e data provavel de inauguração)
■ 610 m - Tokyo Sky Tree (Nova Torre de Tóquio) - Tóquio (Japão 2012)
■ 609 m - Chicago Spire - Chicago (Estados Unidos, 2010)
■ 600 m - Abraj Al Bait - Meca (Arábia Saudita, 2010)
■ 541 m - One World Trade Center (Freedom Tower New York) (Estados Unidos, 2014)
■ 484 m - International Commerce Center Hong Kong (2010).

Um pouco de história (e lendas)

Existem muitas lendas e tradições sobre altas torres entre diferentes povos. A torre que mais se aproxima (em altura) da Burj Khalif é a lendária Torre de Babel, que pode ser simbolicamente considerada uma precursora do histórico desejo do homem de construir arranha-ceus.

A torre histórica encomendada por Nabucodonosor (Babilônia), em 560 a.C., teria a forma de um zigurate de oito níveis, e deveria alcançar cerca de 2.089 metros de altura e 100 de largura, mas esse feito não se concretizou.

A Torre de Babel Bíblica, por seu turno, que teria sido construída cerca 2.000 anos antes, teria 5.433 cúbitos e 2 palmos (2.484 m de altura) – segundo o Livro dos Jubileus – ou 463 cúbitos (212 metros de altura) – segundo o Terceiro Apocalipse de Baruch, este mais plausível, considerando-se as capacidades técnicas dos construtores primevos, que erigiram a Grande Pírâmide de Khufu (Gizé, Egito) com 146 m, altura esta só superada pela torre de Catedral de Lincoln (Inglaterra) com 159,7 m – que existiu entre 1311 e 1549 (quando foi reduzida para 83 m) - e pela Torre Eiffel (Paris, França), em 1889, com 324 metros, no Centenário da Revolução Francesa.

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