Exclusão e miséria


A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe fica evidenciada nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África (Magreb) e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.
[Caroline Santos, Sintese.org.br, 17-02-2011]
Memórias de uma época - I

20091221

2010 - Ano do Pulmão


Viva! Informe-se! Respire!

Com o objetivo de conscientizar as pessoas em geral e sensibilizar as autoridades sanitárias e os profissionais de saúde para a importância da respiração, o ano de 2010 está sendo declarado como o Ano do Pulmão.


A campanha mundial 2010 – Ano do Pulmão está sendo organizada pelo Forum of International Respiratory Societies (FIRS) com o apoio de várias instituições especializadas em saúde pulmonar do mundo inteiro, reunidas na 40ª. Conferência Mundial de Saúde Pulmonar, realizada em Cancum (México), no último dia 6 de dezembro.

Os participantes, em Declaração conjunta, reconheceram que, anualmente, milhões de pessoas em todo o mundo sofrem doenças respiratórias crônicas, que poderiam ser evitadas ou tratadas, e que a saúde pulmonar tem sido bastante negligenciada no discurso oficial.

Leia os principais itens da Declaração n'A Página de Ciência.

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20091212

Haverão sinais no céu

Uma enorme luz espiral com seu centro incandescente foi vista no norte da Noruega, no último dia 9, deixando perplexas milhares de pessoas, incluindo peritos astronômicos.


Esperei um pouco para verificar o grau de veracidade de tudo isso (razões amadurecidas para se acreditar no que circula pela Internet), antes de destacar o fato, que me pareceu similar a um ocorrido, ano passado, na China, ao qual dei pouco valor, por falta de elementos plausíveis. Mas, mudei de opinião sobre o caso.


O evento foi fotografado por centenas de pessoas em diversos lugares da Noruega Ártica, mas o registro de Jan P. Jorgensen foi o mais expressivo.

A primeira reação de muitos leitores sobre essa foto foi: - Isso é trabalho de Photoshop! É uma farsa; uma montagem; um hoax (boato de Internet, “rastro-de-onça”). Mas não, muitos observadores independentes, em várias regiões do Ártico norueguês, deram testemunhos fotográficos da aparição. Foi algo real, que assombrou quem viu.

Era de madrugada, na cidade Harstad, entre 7h50 e 8h (hora local), quando se formou, no céu do norte, uma gigantesca espiral luminosa, impressionando a todos, como relatou Nick Banbury, ao SpaceWeather.com: “Estamos habituados a ver um monte de auroras aqui na Noruega, mas este foi diferente”.

Continua Banburry:
Ela consistia, inicialmente, de um feixe de luz verde com uma misteriosa espiral girando, que, em seguida em seguida, foi crescendo e crescendo até se transformar em um enorme halo no céu com o raio verde-azulado que se estende em direção do chão. Segundo a imprensa, isso poderia ser visto por todo o norte da Noruega e, portanto, deve ter sido muito alto na atmosfera para ser visto a centenas de km de distância.
Horas mais tarde, o SpaceWeather.com acrescentou à sua matéria informação de que o fenômeno pode ter sido causado por mau funcionamento de um míssil lançado de um submarino russo. Um receptor de rádio-amador da Worldwide NavTex sintonizou um alerta emitido para o sul do Mar Branco, nessa data. A fonte especula que as imagens referem-se ao impulso inicial (fase de lançamento) e que um foguete girando fora de controle pode explicar o padrão espiral – mas essa possibilidade (plausível até) não foi confirmada.

Se a explicação lógica não é capaz de satisfazer, temos então de adotar uma outra abordagem, que seja abstrata em essência, mas racional em alguns de seus efeitos.

O sinal da estrela

Em 12 de Dezembro de 2008, a Share Internacional Foundation (SIF) anunciou que grandes e brilhantes objetos parecidos com 'estrelas' seriam vistos no céu, em várias partes do mundo - sinais que anunciariam o aparecimento iminente de Maitreya, o Instrutor do Mundo. Quatro naves enormes colocadas ao redor do mundo. As numerosas aparições da 'estrela' foram relatados no YouTube, em noticiários de televisão e pelo site da SIF, que compartilha centenas de imagens mostrando a “estrela” em uma variedade de cores e formas deslumbrantes.




A grandiosa manifestação espiral no céu da Noruega pode ser uma extensão do trabalho de naves extraterrestres e é prova irrefutável de sua realidade. A informação que circula nos meios místicos prevê que essas manifestações continuarão surgindo.

Para os adeptos e canalizadores de entidades forâneas da Nova Era, o fenômeno foi tão contundente que sua energia vai se espalhando magicamente pelo planeta. Argumentam que a onda expansiva da “estrela” se formou em espiral porque essa é a forma mais infinita. Outros disseram que o ponto de ocorrência coincide com o do norte magnético do planeta e que as imagens fotografadas estavam muito longe de onde foram tomadas e pareceram próximas devido ao seu tamanho.

Há ainda os que acreditam que esta espiral de luz no céu é uma abertura de um portal que permanece aberto desde então, elevando as vibrações da Terra, causando um efeito, até hoje, naqueles que são capazes de perceber eventos de Quinta Dimensão e de suportar as novas energias que ingressam no planeta desde de janeiro desde ano.

Segundo Arcanjo Metatron:
Todo mundo vai ser capaz de sentir os efeitos do amor e da felicidade, derramando sobre o planeta. Coisas inexplicáveis, à primeira vista, irão ocorrer. Esta é uma providência divina e a maior explosão de energia de amor emitida para a Terra em toda a história. Estamos trazendo uma mensagem para a Terra sobre as mudanças nos setores financeiro, político e religioso. Este é o Sinal Celestial que você estava esperando para ver. A abertura do portal, retratada aqui, é portadora de paz. Bênçãos meus Amados. (A Metraton)
Muita gente espera por esses sinais há muitos anos. Eu por, testemunho, espero sempre. O profeta Jesus já havia falado desses sinais há mais de dois mil anos, segundo se vê através de Lucas 21 (A destruição do templo):
10 Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reinio;
11 haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grande sinais do Céu.
20 Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.

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20091207

Esperança para salvar o mundo

Aquecimento global e efeito estufa podem ser situações para mascarar ou encobrir as reais mudanças que a Terra está passando e evitar o pânico geral

Começa hoje a conferência climática ou COP 15, em Copenhague, na Dinamarca, onde líderes mundiais vão debater as mudanças climáticas e buscar um acordo para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mesmo com muitas contradições sobre este assunto, e até certo exagero, a situação do planeta inspira cuidados, não só pelas práticas e comportamentos humanos que alteram as características ambientais, mas pelas complicações provocadas pelo aquecimento do Sol, sobre o qual os humanos não têm poder.

Sim, o aquecimento do Sol, que é uma variável do aquecimento global pouco considerada pelos meios de comunicação, mas muito observada pelos astrônomos. Segundo Richard Willson (pesquisador da Columbia University e do NASA’s Goddard Institute for Space Studies), o aumento da temperatura solar contribuiu com algo entre 10 e 30% do aquecimento global, registrado apenas entre 1980 e 2002. E, segundo consta, isso vem ocorrendo desde antes do início do século XX, não se verificando, portanto, uma conexão entre o comportamento humano e o estado do nosso Sol.

Outro aspecto duvidoso do aquecimento global é a possível manipulação de dados feita por integrantes da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha, em conluio com cientistas de outros países. A intenção é fortalecer o argumento de que mudanças climáticas têm origem em ações humanas, idéia que tem de ser investigada a fundo. A reação dos organizadores do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, de mandar investigar, é um indício forte de que houve a manipulação.


De todo modo, seja pelo aquecimento provocado pelo Sol, pelos habitantes da Terra ou por ambos, os sinais de alerta climático estão por toda parte.


SINAIS DE ALERTA

- Derretimento de geleiras do Ártico ameaça a sobrevivência dos ursos polares. Pela primeira vez em 2008, a passagem do Noroeste (ao longo da América) e a passagem do Nordeste (ao longo da Rússia) ficaram sem gelo durante algumas semanas no verão polar.

- Derretimento das calotas polares, principalmente na Groenlândia e na Antártica. A diminuição da calota antártica, antes limitada à parte ocidental do continente, atinge agora as regiões costeiras do leste. O derretimento completo das geleiras da Groenlândia elevaria o nível dos mares em sete metros; a da calota antártica a mais de 70 metros.

- Derretimento das geleiras de altitude, principalmente as do Himalaia, ameaça o abastecimento de água em inúmeras regiões (norte da Índia, China). As geleiras dos Andes tropicais perderam entre 30% e 100% de sua superfície em 30 anos; a dos Pirineus podem todas desaparecer até 2050; 85% da camada de gelo, que recobriam o Kilimandjaro, em 1912, já haviam desaparecido em 2007.

- Elevação do nível dos mares é mais rápida que o previsto porque o derretimento das calotas polares não foi levado em conta no último relatório do IPCC. Os especialistas da ONU calcularam que a alta maré atingiria de 18 a 59 centímetros até o fim do século. Esta elevação pode ultrapassar um metro, afirmam ainda os especialistas em clima. Estados insulares, como as Maldivas, e regiões costeiras muito densamente povoadas (Bangladesh, Vietnã, Holanda) e inúmeras megalópoles estão ameaçados.

- Recifes de corais, que abrigam um terço das espécies marinhas do planeta, além de meio bilhão de pessoas, e protegem as costas dos maremotos, estão ameaçados pela acidificação dos oceanos: uma leve queda do PH da água provoca também uma menor fixação do cálcio pelas conchas, que estão fragilizados.

- Fenômenos metereológicos extremos são mais numerosos que antes. Haverá, sem dúvida, nos próximos anos e décadas mais ondas de calor extremo, inundações e secas nas zonas áridas.

- Desmatamento das florestas tropicais, como a da Amazônia, pode reduzir a capacidade de estocar carbono. Atualmente, a Amazônia recicla a cada ano 66 bilhões de toneladas de CO2, ou seja, quase três vezes o que liberam os combustíveis fósseis do mundo.

- Desertificação intensifica-se, principalmente no Sahel e no norte da China. O lago Tchad perdeu 90% de sua superfície em 40 anos, passando de 25.000 km2 a 2.500 km2. A seca de zonas úmidas já provocou um aumento de 20% de CO2, segundo a Wetlands International. Os principais países emissores são Indonésia, Rússia e China.

- Emissão de metano (hidratos de metano), contidos pelos solos do Grande Norte e pelos fundos marinhos, antes gelados permanentemente. O metano é um gás de efeito estufa 25 vezes mais forte que o CO2.

- Crescimento das águas do Pacífico mostra sinais geográficos e socioeconômicos em várias ilhas. A paradisíaca Kiribati começou a acumular reservas internacionais com o objetivo de comprar terras no exterior para os seus 100 mil habitantes, caso a elevação do nível do mar ameace o país. Nesta região, o avanço do Pacífico tem sido de 5,1 milímetros por ano, além da ocorrência regular de tempestades cada vez mais violentas. O volume de água potável já é crítico e a agricultura está sendo afetada. Moradores da costa mudaram-se para o interior e o governo está treinando a população em profissões que possam ser úteis em outros países, como a de mergulhador profissional.

Esse também deve ser um dos assuntos de Copenhague (7-18 de dezembro): encarar o rosto das primeiras vítimas inocentes das mudanças climáticas, que vivem nas ilhas Kiribati (Oceania). Integram como outras milhões de pessoas o rol de 50 países, sob risco de inundações ou vulneráveis aos efeitos do aquecimento global, que são responsáveis por apenas 1% das emissões mundiais de gás carbônico, nos últimos cinco anos, segundo a ONU.

TEMAS ESSENCIAIS EM DEBATE

A temática dessa cúpula resume-se, portanto, em alcançar um novo acordo sobre a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa (para depois de 2012) e os meios de financiamento desta proposta e a contenção do desmatamento, entre outros aspectos.

As principais questões a serem negociadas incluem:

- Conseguir compromissos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, que implica um custo econômico - em termos de eficiência energética e de mudança para tecnologias menos poluentes - necessidade que a atual crise econômica torna ainda mais polêmica. Os países industrializados querem dividir a responsabilidade pela atual situação com as economias emergentes, como as do Brasil, China e Índia, que hoje são fonte de metade das emissões de CO2, mas no futuro podem ser as principais.

- Angariar fundos para ajudar os países desenvolvidos a aplicarem um modelo econômico com menos emissões de CO2, além de medidas de adaptação às inevitáveis consequências das mudanças climáticas. Difícil definir quais instituições serão encarregadas da gestão destes recursos, considerando que os países emergentes já expressaram suas críticas contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

- Estabelecer o status legal do novo acordo que se arrasta pelos últimos dois anos, com os países em desenvolvimento querendo que o Protocolo de Kyoto (1997) seja estendido para além de 2012. Entretanto, os Estados Unidos abandonaram este Protocolo porque ele só é juridicamente vinculante para os países desenvolvidos, deixando de fora os emergentes e em desenvolvimento. Portanto, são duas as possibilidades: ampliar Kyoto (estabelecendo relações com os Estados Unidos) ou abandonar o Protocolo e adotar um novo acordo que inclua esse país..

- Conter o desmatamento nos países com vastas florestas tropicais, que pressionam por um acordo que os ajude financeiramente a preservar estes "pulmões" do planeta contra as emissões de CO2 é outro ponto técnico polêmico. Não se sabe ao certo que maneiras são mais eficazes para se medir a preservação, prevenir a corrupção e o desvio de dinheiro e garantir que os recursos sejam de fato empregados nesse mister.


QUEM É QUEM NESSE "JOGO"

Os principais atores das negociações do clima compõem três blocos: os países industrializados, os países em vias de desenvolvimento e os gigantes emergentes.

O bloco dos países em vias de desenvolvimento insiste que as nações ricas - a quem atribuem a culpa pelo aquecimento global - se comprometam legalmente a reduzir suas emissões de gases, em 40%, até 2020, em relação aos níveis de 1990. No entanto, se negam a fixar para eles mesmos reduções de emissões, alegando que precisam ter acesso aos combustíveis fósseis, mais baratos que outras formas de energia, para sair da pobreza. Mesmo assim, alguns destes países anunciaram medidas voluntárias para frear o crescimento de suas emissões até 2020.

Os países industrializados pressionam gigantes emergentes como Brasil, China e Índia para que imponham limites a seus níveis de emissão de gases causadores do efeito estufa. A China, maior emissor de CO2 do mundo, afirmou que pretende cortar suas emissões por unidade de PIB entre 40% e 45% até 2020, em relação aos níveis de 2005. O Brasil, por sua vez, prometeu uma redução voluntária entre 36% e 39% para 2020, sobretudo para combater o desmatamento da floresta amazônica. A Indonésia indicou que, com ajuda internacional, poderia reduzir seus níveis de poluição em 26% até 2020, também num trabalho contra o desmatamento. A Índia, assim como a África do Sul, ainda não fez nenhuma proposta específica a respeito.

Os países industrializados estão divididos: de um lado, estão os que desejam que as metas de redução de gases causadores do efeito estufa sejam legalmente vinculantes; do outro, aqueles que sugerem mantê-las apenas na forma de iniciativa voluntária.

Os Estados Unidos, maior economia do planeta e segundo maior emissor de CO2, está fora do Protocolo de Kyoto, mas agora se mostra favorável a um acordo diferente. No entanto, seu Congresso ainda não aprovou o projeto de lei que estabelece os cortes de emissões. A União Europeia (UE), que salvou Kyoto após o abandono americano em 2001, fechou um acordo unilateral para reduzir suas emissões em 20% até 2020, em relação aos níveis de 1990. O Japão, por sua vez, está disposto a cortar seus níveis de emissão em 25%, mas impõe uma série de condições para fazê-lo. O Canadá estuda uma redução de 20% para 2020 em relação a 2006, o que equivale a um corte real de 3%. A Rússia ainda não se posicionou em relação a potenciais compromissos.

Na verdade, o que está em debate (velado) são as transformações planetárias dos próximos anos, que pouco têm a ver com as atividades humanas. O aquecimento global é apenas uma fantasia imposta aos consumidores de notícias menos informados.

Leia também: O Sol e o aquecimento global e Aquecimento global x fome.

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20091117

Corrupção mundial 2009

Em uma época em que enormes pacotes de estímulo, rápidos desembolsos de fundos públicos e tentativas de garantir a paz estão sendo implementados em todo o mundo, é essencial identificar onde a corrupção bloqueia a boa governança e a prestação de contas, para que se quebre seu ciclo corrosivo (Huguette Labelle, pres. da Transparência Internacional (TI)).
A organização Transparência Internacional (TI) divulgou nesta terça (17) o ranking anual de corrupção. O Brasil ocupa o posto 75, entre as 180 nações mais corruptas do mundo, compartilhando a posição com Colômbia, Peru e Suriname.
Punta del Este- Uruguai

A situação é comparável à da América Latina, onde 21 paises apresentam sérios problemas de corrupção e nove deles corrupção sem controle. Nas Américas, o Canadá foi o melhor colocado, seguido pelos Estados Unidos, enquanto o Haiti se manteve na última colocação. O Chile e o Uruguai estão entre os 25 nações menos corruptas do mundo e em primeiro lugar na América Latina.

A fome, na Somália

Nova Zelândia, Dinamarca, Cingapura, Suécia e Suíça são os países com menos indícios de corrupção, enquanto a Somália, o Afeganistão, Mianmar (ex-Birmânia), Sudão e Iraque - países instáveis marcados pela guerra e pelos conflitos internos - são os mais corruptos.

O relatório anual da Transparência Internacional sugere que os países percebidos como os mais corruptos são também os afetados por longos conflitos, que abalam sua governabilidade. Segundo esta ONG, o índice não é uma medição real da corrupção em cada país, mas, sim, da forma como os governos são vistos por analistas e por empresários e executivos.

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20091006

Leis sem utilidade?!

Para enxugar a legislação, fazendo prevalecer somente as medidas pertinentes, a vereadora Heloisa Cerri (PV), pediu a instalação de uma Comissão Especial exclusivamente para tratar da consolidação das leis municipais.

O cidadão divinopolitano convive com cerca de sete mil leis municipais. Entretanto, boa parte delas não é cumprida, outras não têm nenhum significado prático e outras tantas são absolutamente fruto de interesses pessoais, que não causaram nenhum efeito ou benefício. (Heloisa Cerri)

Estão em vigor no município sete mil leis. Ironicamente, a primeira lei municipal trata-se de assunto que está em plena efervescência atualmente na Câmara. A Lei Municipal 001 foi sancionada pelo então prefeito Jovelino Rabelo, em 19 de fevereiro de 1948 e “concede remissão de multas sobre impostos e taxas”. Ou seja, a primeira lei concedeu anistia fiscal aos devedores do município, a exemplo do que quer o atual prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) que enviou projeto à Câmara concedendo perdão aos contribuintes em débito. O projeto de Vladimir Azevedo tramita em regime de urgência.

Entre as muitas leis sem efeito prático, podem ser citadas aquelas que determinam dias para comemorações específicas. Como a maioria dessas leis apenas cria o dia dedicado à determinada classe, sem, no entanto, determinar nenhum tipo de atividade para lembrar a data, tornam-se exemplos de puro fisiologismo. É o caso do Dia da Costureira, definido através da Lei Municipal 2116, de 1985. De autoria do ex-vereador Francisco Lima, a Lei define 13 de dezembro como o Dia da Costureira, porém a data jamais teve algum tipo de comemoração nos seus 29 anos de existência. Na atual legislatura, o vereador Waldemar Raimundo Manoel (PMDB) foi um dos que deram exemplo de criação de lei inútil. De uma tacada só ele conseguiu aprovar três leis, criando os dias do Cruzeirense, do Atleticano e do Torcedor do Guarani.

Há outras leis que causaram prejuízos ao município e que hoje apenas engrossam inutilmente a legislação vigente. É o caso da lei 2136, de dezembro de 1985, que autorizou a doação de imóvel ao Najá Esporte Clube, time que teve relativo sucesso no futebol amador da cidade naquela década. O Najá recebeu, através da lei, cinco quadras de terreno do município, localizadas no Bairro Primavera. A doação tinha como único objetivo a construção do Centro Esportivo Najá, que deveria atender à população dos bairros da região. O Centro Esportivo nunca foi construído.

LEI NÃO CUMPRIDA

As leis municipais que não são cumpridas, por falta de fiscalização ou por outros motivos, formam um extenso leque do conjunto legislativo da cidade. Entre elas, está, por exemplo, a Lei 324, de maio de 1954. Como não foi revogada, suas determinações continuam em vigência. A referida proposta fixa as datas religiosas do município e determina como feriados, além dos já cumpridos hoje, os dias 29 de junho (São Pedro e São Paulo), 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora) e 1º de novembro (Todos os Santos). Esses dias, há muito, não são cumpridos como feriados municipais. Como não houve revogação, a Lei é desrespeitada.

Para enxugar a legislação, fazendo prevalecer somente as medidas pertinentes, no início da atual legislatura, a vereadora Heloisa Cerri (PV), pediu a instalação de uma Comissão Especial exclusivamente para tratar da consolidação das leis municipais.

Nomeada presidente da Comissão, que ainda tem os vereadores Beto Machado (PSDB) e Pastor Paulo César (PRB), a vereadora está trabalhando ainda com os funcionários da Câmara Júlia Amaral, diretora do Departamento Legislativo, e Vander Lúcio Gomes Penha, técnico legislativo. O objetivo da consolidação é condensar as leis, extinguindo a legislação obsoleta, além de acabar com as leis sem objetividade. De acordo com o técnico legislativo, Vander Lúcio Penha, ao final do trabalho da Comissão, cerca de cinco mil leis inúteis deverão ser extintas. Dessa forma, a legislação municipal será consolidada em pouco mais de duas mil leis, incluindo as últimas propostas aprovadas pela Câmara.

“A consolidação das leis significará um avanço para Divinópolis. Há leis nesta cidade sem o mínimo sentido, outras sem real motivo para sua aplicação. O que pretendemos e vamos fazer é condensar essas leis, facilitando a vida de todos nós”, afirma a vereadora Heloisa Cerri, autora da ideia e presidente da Comissão de Consolidação. “É uma iniciativa histórica, já que ao final deste trabalho, deixaremos em vigência somente as leis utilizadas na prática”, acrescenta.

A vereadora informa ainda que solicitará a confecção de um livro, contendo todas as leis em vigência. Heloisa Cerri informa ainda que já estão tramitando na Casa projetos que vão viabilizar a Consolidação das Leis. “Já apresentamos Proposta de Emenda à Lei Orgânica e um Projeto de Lei Ordinária contendo as diretrizes para entrar na parte prática do trabalho”, informou a vereadora do PV.

(Fonte: Assessoria de Comunicação do gabinete da vereadora Heloisa Cerri)

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20091003

Começou a marcha mundial pela paz

Não faltam mentes febris de governantes e grupos econômicos do aparato militar-industrial - o poder na sombra - que vêem como saída para essa “desordem”, que eles mesmos geraram, a confrontação armada.

No dia 2 de outubro de 2009, quando se completavam 140 anos do nascimento de Mahatma Gandhi - Dia Internacional da Não-Violência - na Oceania, em Wellington, iniciou-se a Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência.

Nova Zelândia, o país mais oriental do planeta, é uma referência para o mundo por sua luta pela paz e pelo desarmamento, porque os neozelandeses se livraram do jugo de bases estrangeiras e do armamento nuclear.
Neste lugar extremo e afastado dos centros de poder, iniciou-se esta ação mundial. Vieram da parte oriental, das ilhas Chatham (Rekohu) que é o lugar que recebe os primeiros raios de sol que iniciam o dia no planeta. Ali, com amigos de culturas ancestrais, os Moriori, iniciou-se este percurso que terá um valor simbólico.

Esta marcha mundial, que alguns qualificaram como a maior manifestação que se realizará pela paz e pela não-violência, percorrerá mais de 100 países dos 5 continentes, coisa nunca antes realizada na história, e acabará em 2 de janeiro de 2010, no Parque de Estudo e Reflexão de Punta de Vacas, aos pés do monte Aconcágua, o teto do ocidente.
Esperamos que, assim como aqui amanhece o dia para o planeta, comece para toda a humanidade um novo dia com um mundo sem armas nucleares e sem guerras.

Amigos, como todos vocês sabem, além de Wellington, hoje em muitas outras cidades, povoados, inclusive em pequenas aldeias, também começa esta grande marcha com uma multiplicidade de ações. Uma grande saudação aos amigos da Austrália, dos países asiáticos, da África, aos amigos da Europa, aos amigos da América do Norte e aos amigos da América do Sul.

Esta marcha já impactou nossas consciências. Estamos decididos a trabalhar pelo desaparecimento das guerras e pela eliminação da violência. Esse desejo que a maioria dos seres humanos carrega em seu coração há muito tempo, hoje ganha um novo sentido, pois podemos nos sintonizar como uma só voz em todo o planeta. Nunca antes tivemos uma oportunidade como esta. Esta marcha pode se transformar em um fenômeno sem precedentes que nos situe em um novo momento histórico. (Rafael de la Rubia)



Manifesto da Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência

Carta aberta de um cidadão aos poderosos do mundo

A violência se instalou na vida humana em todo o planeta e não há maneira de acabar com ela. Não há governo, nem exército, nem religião, nem partido político, nem grupo econômico capaz de derrotar a violência no mundo. Não há poder capaz de acabar com a violência que cresce dia a dia, infiltrando-se em todas as nossas atividades e em nossa intimidade. O poder destrutivo da violência, que está se apoderando da humanidade, é a cada dia mais terrível e perigoso. Se a violência continuar crescendo aceleradamente junto com sua capacidade de destruição, as conseqüências serão desastrosas.

Poderemos mudar a direção dos acontecimentos que pressagiam calamidades humanas de dimensões nunca antes conhecidas? Trata-se de uma quantidade enorme de armamento letal, nuclear, biológico, químico e convencional com poder para aniquilar a vida no planeta. Este ano, com a mais grave crise financeira mundial, em que todos nós experimentamos as restrições da recessão, voltou-se a bater o recorde de investimentos em armamento.

Somos todos responsáveis pelo que está acontecendo e temos que tomar uma decisão em nosso interior. Ou continuamos apoiando nossos governos em sua política armamentista, sempre justificada pelo temor e pela vingança, ou unimos nossa voz e nosso sentimento ao de milhões de seres humanos de diversos idiomas, raças, crenças e culturas para acender a consciência humana com a luz da Não-Violência.

O armamento nuclear se proliferou por muitos países, está ao alcance de grupos fora do controle dos Estados. Hoje, sua justificativa como elemento dissuasivo ou defensivo chegou ao limite do absurdo e acreditamos que o único caminho é o desarmamento nuclear mundial total.

Senhores(as) presidentes(as) e primeiro-ministros(as) dos Estados Unidos da América, Federação Russa, República Popular da China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, República Democrática Popular da Coréia e Israel:

Recai sobre vocês a responsabilidade deste momento em que se decide o futuro humano. Vocês serão os que decidirão entre a história e a pré-história, entre a humanização e a animalização, entre uma terra para todos ou um mundo aterrorizado, entre uma terra generosa ou um deserto contaminado. Vocês serão os responsáveis pela atmosfera social que respiraremos nos próximos anos.

Colocamo-nos em marcha, percorrendo o planeta, para fortalecer a voz que clama por um mundo humano. Já não podemos ver mais sofrimento em nossos semelhantes. Já não queremos mais guerras. Sentimos essas agressões em nós mesmos. Em nossa consciência, aconteceu uma mudança e não há volta. É necessário desmantelar as armas de destruição massiva, assim como reconverter um sistema econômico que produz pobreza, discriminação e morte. É necessário proteger a vida para construir um mundo de direitos e oportunidades iguais para todos.

Exigimos de vocês que priorizem em suas políticas de defesa e relações exteriores:
• o desarmamento nuclear em nível mundial;
• a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados;
• a redução progressiva e proporcional do armamento convencional;
• a assinatura de tratados de não agressão entre países; e
• a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos.

Não deixaremos que a Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência passe despercebida entre nós, em nossas famílias, em nossos povos e em nosso mundo.
Faremos crescer este impulso que nos comunica com o melhor de nós, de cada um, com o melhor do ser humano.

Somos milhares, seremos milhões e o mundo mudará.

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20091002

Aquecimento global x fome


Aumento da fome no planeta até 2050:  
25 milhões de crianças desnutridas 
a mais nos países em desenvolvimento.

Mudanças climáticas devem prejudicar a produtividade das lavouras no mundo e aumentar a fome nas próximas quatro décadas. É o que revela o mais amplo estudo sobre a influência do aquecimento global na agricultura. O relatório do Banco Mundial, divulgado nesta quarta, dia 30, afirma que os países em desenvolvimento terão que investir R$ 7 bilhões por ano para combater os efeitos das mudanças climáticas no campo.

Computadores fizeram o cruzamento de dados sobre chuva, temperaturas e solos em todas as regiões do planeta, projetando a situação nos próximos 40 anos caso as emissões de gases poluentes continuem aumentando. O aquecimento global vai bagunçar o clima no planeta e prejudicar bastante a agricultura.

A produtividade das lavouras de trigo vai cair 30%. Nas plantações de arroz, a queda será de 15%.
Com a quebra de produção, os preços devem disparar. Sem os efeitos das mudanças climáticas, o trigo já teria elevação de 40%. Com o aquecimento global, os preços devem crescer até 194%. Para 2050, o aumento no preço do arroz seria duas vezes maior, atingindo 120%. Efeito semelhante aconteceria no milho, com aumento de preços que passariam de 60% para 153%.

O analista de mercado Élcio Bento confirma o risco para a alimentação da população. No entanto, ele acredita que se os preços crescerem, mais áreas vão ser abertas para o plantio. O cultivo de trigo no Centro-oeste brasileiro vai se tornar viável, por exemplo. Cotações em alta também podem estimular mais investimentos em biotecnologia e transgênicos.

— Em se confirmando uma elevação dos preços em função de uma maior disputa por área e maior consumo, nós teremos aqui no Brasil condições de aumentar nossa produção para ganhar mercados internacionais que estariam com preços mais competitivos — avalia Bento.

Os esforços para reduzir o aquecimento global e evitar a crise de alimentos vão ter o seu ápice em dezembro. A conferência do clima, que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, vai tentar um acordo entre países para suceder o protocolo de Kyoto e reduzir as emissões de carbono na atmosfera.

(Extraído de Gustavo Bonato, em Canal Rural

Leia também: O Sol e o aquecimento global e Esperança para salvar o mundo.

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Perspectiva$ de crescimento

A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida 
para sediar as Olimpíadas de 2016, 
após eleição em Copenhague, nesta sexta-feira.

As repercussões desta vitória, no mundo econômico, foram avaliadas por vários especialistas, que destacaram os aspectos positivos, ressaltando que dois grandes eventos são grandes marcos para o povo brasileiro. Trata-se da Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
"Muitas pessoas estão esquecendo que o Brasil já vai sediar a Copa do Mundo de 2014. Se você coloca os dois eventos juntos, a quantia de investimento que terá que ser feito, particularmente em infraestrutura, é significativa. Essa provavelmente será uma boa história de crescimento à medida que nos aproximamos das datas desses eventos. Muitas coisas precisam ser feitas muitos anos antes dos eventos - como rodovias, ferrovias, aeroportos, energia. (Esta) é uma área de deficiência do Brasil. Acho que será positivo da perspectiva de crescimento para o Brasil." (Vinícius Silva, Estrategista de Ações, da Morgan Stanley).
"Certamente, o ambiente favorável alimenta o otimismo, a felicidade em torno da escolha aumenta o otimismo e isso, indiretamente, pode favorecer o governo. Mas em termos de eleições, acho que é exagerado dizer que isso vai alterar significativamente a corrida presidencial do próximo ano. Acho que o eleitorado sabe como diferenciar uma coisa da outra." (Ricardo Ribeiro, Analista Político, da MCM Consultores)
"Nós sabíamos que era uma situação de muita concorrência e havia quatro fortes candidatos... Não tínhamos ilusão de que era resultado garantido se ele (o presidente Barack Obama) aparecesse." (David Axelrod, Conselheiro Sênior de Barak Obama)

[Material coletado por Elzio Barreto e Luciana Lopez (São Paulo) 
e Ana Nicolaci da Costa (Brasília)]

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Chegou a hora do Brasil!

Não faltaram elogios à alegria e cultura do Brasil, 
à beleza natural do Rio e à prometida renovação 
da "Cidade Maravilhosa”, um dos trunfos da vitória.

O Presidente Lula não precisou de saber inglês para convencer os membros do Comité Olímpico Internacional (COI) a entregar, em Copenhagen, a organização dos Jogos Olímpicos de 2016 ao Rio de Janeiro, algo improvável até há bem poucos meses. O discurso genuíno de Lula da Silva e o poderio econômico do Brasil contribuíram para a América do Sul (e um país lusófono), pela primeira vez, acolher o maior evento multi-desportivo mundial.


A canção Cidade Maravilhosa (André Filho,1934) 
transformou-se num verdadeiro hino dos cariocas

“O mundo reconheceu que chegou a hora do Brasil”, exultou o Presidente brasileiro, depois de Jacques Rogge, presidente do COI, ter anunciado o triunfo do Rio de Janeiro. “Essa vitória é uma retribuição a um povo que, muitas vezes, só aparece [de forma negativa] na imprensa e nas páginas dos jornais. Os que pensam que o Brasil não tem condições de receber os Jogos vão surpreender-se”, prometeu Lula, o grande vencedor da batalha diplomática e política em que se transformou esta eleição.

Depois das derrotas nas corridas aos Jogos de 2004 e 2012, o Rio de Janeiro dissipou, finalmente, os receios dos membros do COI, também graças à pujança daquela que o Banco Mundial prevê ser a quinta maior economia do planeta em 2016.

Lula repetiu até à exaustão que das dez maiores economias mundiais só o Brasil nunca tinha organizado os Jogos. E apelou ao coração dos votantes: “Para os outros países candidatos, será mais uma edição. Para nós, será a oportunidade de construir um novo Brasil.”

O “efeito Obama” falhou

Joseph Blatter, presidente da FIFA e também membro do COI, confessou-se arrepiado com a apresentação brasileira, em que não faltaram os elogios à alegria e cultura do país, à beleza natural do Rio e à prometida renovação da “Cidade Maravilhosa”, um dos trunfos da candidatura carioca.

Também assim se explica o fracasso do “efeito Obama”. O Presidente norte-americano envolveu-se directamente na recta final da candidatura de Chicago, realizando uma viagem-relâmpago a Copenhaga. Mas não resultou. A cidade norte-americana foi excluída logo na primeira volta, algo que até ajudou o Rio, que contou nas rondas seguintes com os votos dos apoiantes iniciais dos norte-americanos.

Lula chorou

Tal como Pequim 2008 marcou mais um ponto na afirmação internacional da China, os Jogos de 2016 são mais um passo na ascensão do Brasil, um país que obteve a “cidadania internacional” e é agora de primeira classe, como salientou Lula da Silva. No espaço de dois anos, os brasileiros organizam os dois mais importantes eventos desportivos do mundo, já que em 2014 acolherão o Mundial de futebol.

A importância do momento emocionou Lula da Silva, que chorou na conferência de imprensa após o anúncio oficial. Mal Jacques Rogge revelou o vencedor, sucederam-se os abraços e as lágrimas na comitiva carioca. Mas tal como se espera um ambiente especial nos Jogos de 2016, também os festejos em Copenhagen tiveram imediatamente um toque brasileiro. A canção Cidade Maravilhosa, criada por André Filho em 1934 e que se transformou num verdadeiro hino dos cariocas, não parou de ser cantada, até mesmo quando, ao final da tarde, foi assinado o contrato entre o COI e a candidatura do Rio.

Os festejos na Dinamarca foram apenas uma pequena amostra do que se passou na praia de Copacabana, onde alguns dos 6,1 milhões de cariocas se juntaram para ouvir a boa notícia. E se normalmente as entidades organizadores apelidam os “seus” Jogos como os melhores de sempre, o Brasil está apostado em que os Jogos de 2016 sejam os mais maravilhosos de sempre.


(Extraído de Público.pt)

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Novos vereadores só em 2012

A emenda seria uma ofensa aos princípios constitucionais 
da soberania popular e da democracia representativa

Conhecida como "PEC dos Vereadores", após ser aprovada pelo Congresso Nacional, a emenda aumentou em mais de 7 mil o número de vereadores em todo o País, determinando textualmente, que as vagas criadas pelos novos critérios de proporcionalidade devem ser ocupadas desde já, utilizando-se a listagem de suplentes de vereador no processo eleitoral do ano de 2008.


Se houver posse de novos vereadores,
estará rompido o contrato social no País

Para a Procuradora Regional Eleitoral, em Alagoas, Niedja Kaspary, a aplicação imediata da emenda - havendo desde já a ocupação das vagas - é inconstitucional, por desrespeitar as regras estabelecidas para a eleição de 2008. Segundo ela, caso ocorra a diplomação de suplentes para as novas cadeiras criadas retroativamente pela Emenda Constitucional, os promotores deverão ajuizar perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) Recurso Contra a Expedição do Diploma (RCD), arguindo a inconstitucionalidade da aplicação imediata do dispositivo constitucional.

Caso seja dada posse aos suplentes de vereador, já anteriormente diplomados, a medida recomendada aos promotores eleitorais é que sejam impetrados mandados de segurança perante o Juízo da Zona Eleitoral, já que a matéria insere-se dentro da competência da Justiça Eleitoral por referir-se aos critérios de quociente eleitoral e elegibilidade.

De acordo com a procuradora, recomendações semelhantes já foram expedidas pelas Procuradorias Regionais Eleitorais de São Paulo, Espírito Santo, Goiás e Ceará. Em Goiás, a primeira ação civil pública, com pedido de liminar, para barrar a posse de novos vereadores foi ajuizada na terça-feira (29), pelo promotor eleitoral de Bela Vista. No mesmo dia, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, contra a emenda.

Segundo o procurador-geral da República, o STF já fixou o entendimento de que o inciso IV do artigo 29 da Constituição, que foi modificado pela EC 58/2009, exige que o número de vereadores seja proporcional à população dos municípios. Pelo novo texto, o número de vereadores representa apenas um limite máximo, desvinculado, em termos proporcionais, da população dos municípios.
"A transição para um novo regime jurídico eleitoral de tamanha dimensão - a interferir não só no resultado das eleições, mas também no direito dos eleitos e na participação dos partidos políticos - deve ocorrer sem sobressaltos, o que implica dizer que suas regras não podem retroagir." (Gurgel, segundo a Assessoria de Comunicação do MPF/AL).

Ameaça à democracia

Assim como os demais procuradores Regionais, Niedja Kaspary também sustenta que a eficácia retroativa constante da referida emenda constitucional não é admitida pelo sistema eleitoral-constitucional brasileiro, uma vez que viola as regras do processo eleitoral estabelecidas para o pleito de 2008, as quais, segundo a regra da anualidade eleitoral devem ser estabelecidas, no mínimo, um ano antes do início da eleição. Consequentemente, as modificações feitas após o processo eleitoral somente valem a partir das próximas eleições.

Segundo Niedja Kaspary, a emenda seria uma ofensa ao princípios constitucionais da soberania popular e da democracia representativa, pois permite que candidatos não-eleitos e, portanto, rejeitados de acordo com as regras do pleito de 2008, passem a exercer a função de representantes do povo.

"Os suplentes de vereador não podem ser considerados candidatos eleitos, uma vez que não atingiram um número de votos suficiente para assumirem um mandato eletivo, possuindo tão-somente mera expectativa de direito", afirma a procuradora da República em Alagoas, salientando que a emenda ainda torna vulnerável uma das cláusulas pétreas da Constituição: "o voto direto, secreto, universal e periódico".

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